No próximo ano, o município vai resolver esse problema em três localidades, Vilarinho, Vila Franca e Paradinha Velha. O saneamento de Gimonde também será melhorado. “Gimonde tem saneamento, mas precário. Vamos fazer um grande trabalho em obra, que será apreciado por todos. É uma freguesia com dinâmica ao nível comercial e é importante ter esta infra-estrutura”, explicou o presidente da câmara, Paulo Xavier, adiantando que “os projectos vão arrancar todos no primeiro trimestre”.
As obras vão custar 2,5 milhões de euros e fazem parte do Orçamento Municipal para 2025. Para o próximo ano, a dotação financeira é de 61 milhões de euros, quase mais 14 milhões em relação a 2024, devido a “despesas de capital” e a “projectos”.
Está previsto a construção do corredor verde do Fervença, a requalificação da escada do São Bartolomeu e do terreno envolvente do santuário, mas também a ampliação do Brigantia Ecopark. Será também feito o projecto do aeroporto regional. “Vamos lançar o projecto do aeroporto regional. A ANAC está agora a analisar, para a revisão do PDM. 2025 será para fazer o projecto, que demora mais de nove meses”, disse.
A requalificação das escolas Miguel Torga e Paulo Quintela, em cerca de 25 milhões de euros, também está previsto arrancar no próximo ano.
As obras no Museu da Língua Portuguesa também se arrastam ano após ano. A obra está atrasada. Segundo o presidente da câmara, neste momento o atraso deve-se à falta de materiais e de mão-de-obra. “Poderia estar melhor, de facto. Estamos com uma execução de 2,5 milhões de euros, deveríamos estar nesta altura com uma execução mais elevada. A obra está a andar devagar, com muita pena nossa”, referiu.
O Orçamento Municipal de Bragança para 2025 foi aprovado, na passada sexta-feira, na Assembleia Municipal, com 51 votos a favor do PSD e 12 votos contra do PS, Chega e PCP e zero abstenções.
Estarmos em finais de 2024 a comentar a falta de redes de saneamento básico em aglomerados do nosso distrito, já é suficientemente preocupante! Aliás não deixa de ser irónico, assistir-se a inaugurações de equipamentos públicos, festividades e afins, com mais ou menos pompa nas nossas aldeias do interior, quando ainda não se resolveu em pleno séc. XXI uma necessidade tão básica como assegurar as infraestruturas de águas e de saneamento! Com tanto dinheiro "esbanjado" em iniciativas casuísticas e de utilidade duvidosa, é muito triste constatar-se que o subdesenvolvimento do meio rural tem também a sua causa, nas entidades que deveriam pugnar pelo seu avanço e progresso! É assim tão difícil (sim, porque noutros municípios já foi feito) pôr mãos à obra e gradualmente ir construindo redes públicas de esgotos e estações de tratamento dos mesmos, para tornar o interior mais civilizado e atrativo?
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