Até 6 de Janeiro, as pessoas vão poder patinar na pista de gelo, as crianças andar nos carrosséis ou no comboio, visitar a casa do Pai Natal ou até beber um chocolate quente. Os espanhóis não perdem a oportunidade de visitar Bragança nesta altura do ano. “Já viemos muitas vezes, penso que vimos desde o primeiro ano. Temos aqui família e isto é muito bonito, cada ano que passa está mais bonito”, disse uma turista espanhola. “Gostamos muito do ambiente e para as crianças é espectacular. Passamos aqui dois dias fenomenais”, rematou outra espanhola.
A hotelaria, a restauração e o comércio agradecem toda a dinâmica gerada. O hotel Tulipa tem estado com a lotação máxima. A proprietária, Elizabete Raimundo, admite que grande parte dos clientes é de Espanha. “Temos muitos espanhóis. Acho que é o principal público. Mas já temos também outras pessoas que, se calhar, não vinham directamente para vir à pista de gelo mas são influenciadas e ficam mais um dia. Estas actividades fazem diferença, muita”.
Perto da Terra Natal e de Sonhos está o restaurante Solar Bragançano. Embora não tenha falta de clientes ao longo do ano, a proprietária Ana Maria Rodrigues, diz que nesta altura, só se ouve falar espanhol. “Traz muita gente. As pessoas daqui, de Bragança, as empresas, fazem as ceias de Natal. À noite são ceias de Natal e durante o dia muitos espanhóis, sobretudo espanhóis. Isso é muito bom. Agora, aos fins-de-semana, só se fala espanhol aqui”.
Na Cut Out esta época é risonha, em termos de vendas. Na loja, relativamente perto da Praça Camões, onde estão instaladas as diversões, vendem-se vários trabalhos em madeira, como pendentes personalizados para a árvore de Natal e presépios. Mário Ortega, arquitecto e proprietário da loja, admite que, por esta altura, há muitos clientes. “Como o nosso negócio está muito ligado à região e temos bastantes produtos ligados ao turismo, nós sentimos aqui uma diferença bastante significativa, sobretudo ao fim-de-semana. O impacto da Terra Natal é bastante grande, sobretudo no que toca a espanhóis. Eu diria que os nossos produtos, os best-sellers, continuam a ser os mesmos, ou seja, aquilo que uma pessoa da comunidade local compra e o que um turista compra é mais ou menos o mesmo. Sentimos aqui uma grande pressão nos presépios”.
Eduardo Trigo é proprietário do café Beira Rio. No espaço também têm passado vários espanhóis. São estes os visitantes que mais gastam. “Nem todos os dias há gente, mas aos fins-de-semana claramente há mais gente do que em período normal. No primeiro fim-de-semana do mês tive gente de todo o lado, mas tive claramente mais espanhóis, mas também tive gente de Mirandela, de Alfândega da Fé, pessoas que vêm visitar Bragança nesta altura. Os espanhóis são melhorzinhos, mas os nossos também são bons e as pessoas, quando saem de casa, estão sempre dispostas a gastar mais um bocadinho”.
No entanto, muita gente nem sempre é sinonimo de vendas. Segundo Fernanda Silva, proprietária da livraria Popular, o impacto sente-se sobretudo no centro da Praça Camões. “Tem muito impacto, de facto, mas é para a Terra Natal, ali no centro. E aqui claro que sempre entram mais algumas pessoas. Vêm comprar sobretudo recordações, prendinhas de Natal, livros, ímãs para o frigorífico, algum artesanato”.
A proprietária da Loja de roupa ‘Mareva’, Cândida Gonçalves, partilha a mesma opinião que Fernanda Silva, mas acrescenta que quem por ali passa para ir até à Terra natal compra, sobretudo, gorros, cachecóis e luvas. “Principalmente os espanhóis, são os que nos visitam mais. Eles adoram porque acham que está lindo. A nós não nos traz muito, mas traz-nos movimento à rua, o que ajuda bastante também, pelo menos vemos gente. O que mais vendo, a estas pessoas que visitam a Terra Natal e de Sonhos é cachecóis, gorros e luvas”.
A terra Natal e de Sonhos abriu portas a dia 30 de Novembro e até 6 de Janeiro os visitantes vão poder patinar, andar de comboio e até mesmo aproveitar para provar algumas das iguarias à disposição.
Segundo o município de Bragança, a Terra Natal e de Sonhos gera “3 milhões de euros” no concelho.
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