A Aethel Mining, empresa que detém a concessão das minas de ferro de Torre de Moncorvo, desde fevereiro de 2020, assumiu, à Agência Lusa, que quer “reforçar e expandir a atividade" das minas ainda este ano. Esclareceu também que “continua empenhada no desenvolvimento do projeto mineiro e mantém um diálogo aberto e construtivo com a tutela”, afirmando que está agora “focada na gestão estratégica dos 'stocks' de agregado de ferro existentes, de acordo com as melhores práticas do setor”.
Estas declarações surgem depois de o presidente Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, José Meneses, ter dito, também a esta agência, que a Direção Geral de Energia e Geologia não lhe tem prestado informações sobre o processo, apesar das diversas solicitações. Já a Direção Geral de Energia e Geologia garantiu que “mantém uma relação de cooperação e diálogo institucional com o município”. Fonte oficial da DGEG terá esclarecido ainda, à Lusa, que a empresa não tem desenvolvido atividade operacional na área da concessão nem apresentou programa de trabalhos para este ano.
Na reportagem do Jornal Nordeste, edição do dia 28 de janeiro, o ex-consultor da Aethel Mining, Carlos Guerra, disse que a empresa apenas veio “atrasar um projeto de grande importância para Torre de Moncorvo, para o distrito e para a região”, o vereador socialista do município, Adriano Menino, referiu que “houve aproveitamento político” e que o silêncio, por parte da câmara municipal e empresa, era “lamentável" e algumas pessoas da freguesia do Carvalhal a dar conta da desilusão que sentem, após o abandono dos trabalhos.
Neste momento, aguardamos resposta ao email que enviámos, no início da semana, à Direção-Geral de Energia e Geologia e à Aethel Mining, que já deu conta que, brevemente, responderá às questões que lhe foram colocadas.
Sem comentários:
Enviar um comentário