Os preconceitos, injustificados, ajudam a desconstruir as sociedades...

Em 1975 fui preterido num concurso público por ter o cabelo comprido o que me conectava com um “segmento” que incomodava os ineptos, os néscios,... Contou-me, passados anos, um dos elementos do júri hoje com os seus maravilhosos 90 e tal anos e que não me canso de admirar pela resiliência, inteligência, pela paz que transmite a quem com ele convive e pela amizade que será eterna.
Eram 5 os elementos do júri e o que tinha o voto de qualidade, desempatou… com um NÃO! O não fez toda a diferença. Não sei se para melhor se para pior. Só sei que foi um não criminoso. Tem nome o elemento. Era um dos DDT.
Ao tempo o cabelo comprido era em Bragança, para os DDT, sinal de perigo. Os DDT não são os mesmos mas têm a mesma mentalidade e quero crer que pior qualidade.
Em 75 era o corte do cabelo, agora é a cor da cartolina e a subserviência.
Enquanto não conseguirmos fazer diferente e mantivermos este esterco todos perdemos.
Admira-me é que gente nova continue com os mesmos pressupostos do antigamente. Preocupa-me que em 2025 interesses individuais e corporativistas se sobreponham ao interesse da comunidade. Para quê? Levai o cheque para a urna.
De que adianta existir uma Constituição da República se nem as Instituições Públicas a cumprem e fazem cumprir?
Em Bragança a liberdade, a justiça e a igualdade de oportunidades não são para todos. Nunca foram. Nos outros lados será igual. Apenas mudará a cor da cartolina.
Aos “bafejados” pela “sorte” peço que lá dentro da vossa impiedosa estrutura partidária, o chafúrdio que vos arranjou emprego, ou tacho… a vós e aos vossos filhos e filhas, irmãos e genros, noras e primos... insistam (ou comecem a dizer) para que em Bragança fiquem sempre, mas sempre, os melhores em primeiro lugar. Tentai ao menos. De que vos adianta andar uma dúzia ou duas de anos a encher o peito para as fotografias e a meter likes nas baboseiras, que os servos dos vossos padrinhos publicam, se em Bragança nem vai haver fotógrafos nem quem faça pose para as fotografias? Nem Bragança.
Sejam felizes e divirtam-se mas não lixem a vida aos filhos dos outros.

Obs. Mas olhar hoje para a foto que escolhi para ilustrar o texto, contemporânea dos acontecimentos, faz-me acreditar que eram mais sérias e limpas as minhas "melenas" que a seriedade do bardamerda que ditou o não. Ditou-o por inveja, dor de cotovelo e também com receio de que entrasse para a estrutura algum ser pensante.

Hoje... mantém-se tudo na mesma.

Beijos abraços e desculpai-me a irreverência.

HM