Viver mais tempo é, cada vez mais, uma realidade, mas viver melhor continua a ser o grande desafio. Nesse sentido, o Instituto Politécnico de Bragança está a desenvolver um projeto dedicado à longevidade e qualidade de vida, que junta equipas multidisciplinares nas áreas da saúde, nutrição, desporto e bem-estar.
O coordenador e professor do IPB, Hélder Fernandes, explica que a longevidade é um tema que deve envolver toda a sociedade, independentemente da faixa etária. “Os dados indicam que as pessoas vivem mais. Aquilo que também temos estado a descobrir, e os dados estatísticos indicam, é que as pessoas vivem mais tempo mas também se aumenta o número de anos no final da vida com algum problema ou incapacidade. Interessa-nos perceber, durante a trajetória do ciclo de vida, o que é que determina que se possa chegar a essa idade avançada em boas condições de independência e autonomia”.
A investigação já originou publicações científicas nas áreas do desporto e nutrição, e continua agora numa nova fase de recolha de dados junto da população. “Neste momento, estamos a analisar dados de perfil hematológico, lipídico e glicémico de alguns participantes adultos, mais velhos, que se voluntariaram. Agora, iremos reforçar a campanha de angariação de participantes no projeto, pessoas da sociedade civil que queiram participar, colaborar com a sua experiência de via, dando-nos dados, para nós podermos analisar e reforçar as conclusões, para que sejam generalizadas ao resto da sociedade”.
No âmbito deste projeto decorreu ontem, na escola de Saúde do Instituto Politécnico de Bragança o primeiro Meeting das Novas Sociedades Longevas, que reuniu especialistas, investigadores a alunos das áreas da saúde.
O projeto Novas Sociedades Longevas é financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
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