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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 26 de outubro de 2025

Um «bragançano» que foi «primeiro-ministro» de D. Afonso Henriques


 Toda a gente, na escola, a propósito do ensino da História de Portugal, «teve de levar» com um conjunto alargado de nomes. Não deve haver ninguém que nunca tenha ouvido falar do Aio de D. Afonso Henriques, o célebre Egas Moniz. Mas não vim aqui para «botar faladura» sobre o Aio do primeiro monarca. Vim aqui para o fazer relativamente ao seu «primeiro-ministro», nome com o qual não «tivemos de levar na escola»…

Na verdade, para ser mais correcto, a designação, nesses recuados tempos, era a de Mordomo-mor. Cargo que representava a mais alta «patente» na Cúria Régia. E, durante seis anos, esse cargo foi ocupado por um Braganção, que também foi «Tenente» das Terras de Bragança e das Terras de Viseu, cargo que era uma espécie de «Governador Civil» da época. Posteriormente, coisa comum nesses recuados tempos, haveria de “imbutchinar-se” com Portugal e também foi «Tenente» das Terras da Extremadura, do outro lado. 

Não irei aqui desenvolver a biografia de D. Pedro Fernandes de Bragança, longo seria o texto. Relevando, apenas, a importância que teve este nosso conterrâneo. O qual poderia ter sido muita coisa, mas foi logo Mordomo-mor! E ninguém parece relevar isso. Há, porém, um outro aspecto ainda mais curioso…

Casaria com a filha da sua madrasta! Madrasta porque casaria com o seu pai, o grande Fernão Mendes de Bragança, «o Bravo», o dizem as crónicas. E a madrasta não era “ua qualquera”: era a irmã de D. Afonso Henriques, a infanta D. Sancha Henriques. Significa isto que os filhos de D. Pedro Fernandes de Bragança e de Fruilhe Sanches de Celanova, passaram a ser, pela via materna, descendendes do Conde D. Henrique e de D. Teresa. “Bale o que bale”, eram bisnetos dos Condes de Portucale, tal como o foi, por exemplo, D. Afonso II... 

Quer isto dizer que a “rantchada” de filhos do casal passaria a deter outros pergaminhos. Não só eram filhos do Mordomo-mor de D. Afonso Henriques, como passaram a estar no mesmo patamar da linhagem régia. “Mais ua bêze, bale o que bale”. Não admira, portanto, que os «de Bragança» tenham continuado numa fasquia elevada. Dois dos filhos do casal, Fernão Pires e Nuno Pires de Bragança, teriam, respectivamente, um neto e uma filha, Martim Pires e Fruilhe Nunes, a «engraçarem-se» um com o outro. Dos quais sairia outro Mordomo-mor, que já por aqui trouxe, D. Nuno Martins de Chacim, o «último Braganção», o tal que foi bisavô de D. Inês de Castro e do primeiro Condestável de Portugal...

Somos umas terras do “catantcho”! “Or sim?”…

Rui Rendeiro Sousa
(Foto retirada «aqui das Memórias»)

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