“Trás d’onte”, por aqui trouxe a importantíssima, mas esquecida, figura do «último dos Bragançãos», o grande Senhor D. Nuno Martins de Chacim. Senhor que deixou uma substancial prole, que superou a dezena. Da qual sairia, ao longo dos séculos, mais de metade da História de Portugal. É, efectivamente, impressionante, perceber que, sem os genes de D. Nuno, «o último Braganção», a História de Portugal jamais teria sido como a conhecemos.
Embora tenha ficado gravada na história como «a aleivosa», não gerando grande simpatia entre os portugueses, a verdade é que foi Rainha consorte de Portugal e, após a morte do marido, D. Fernando, Regente do Reino. E, afinal, não teria existido a «Crise de 1383-1385» sem «sangue braganção». Porque a célebre D. Leonor Teles era directa descendente do «nosso» D. Nuno Martins de Chacim! Ou seja, a célebre D. Beatriz, por cujo casamento com João I de Castela seria originada a referida crise, também tinha o dito «sangue braganção»…
O que significa, numa simplista visão, que sem «sangue braganção» não teria havido a célebre Batalha de Aljubarrota. Na qual, curiosamente, de um lado da barricada estava o «braganção» Martim Gonçalves de Macedo, o «avô do avô de Camões», que já por aqui trouxe, e do outro as tropas afectas a João I de Castela, casado com a «bragançã» D. Beatriz, genro de D. Leonor Teles. Quer isto dizer que, mesmo “sim no saberim”, houve traulitada entre «primos bragançãos»… O que guardam estas magníficas terras!


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