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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

ALFÂNDEGA DA FÉ, comarca de Torre de Moncorvo

1. Caracterização do concelho
1.1 Vila de Alfândega da Fé
1.2 Foral: de D. Manuel I de 1 de Junho de 1510. O donatário tem de direitos reais 6 réis de cada morador (Memória de Alfândega da Fé, concelho Alfândega da Fé).
1.3 Freguesias/Lugares: os povos do termo vão referidos na Memória de Alfândega da Fé.
1.4 Rendimento do concelho: consiste o seu rendimento em foros, arrendamento de terras e coimas que tudo fará anualmente 92.000 réis.
1.5 Outras referências:
Misericórdia: «Tem (…) casa chamada Misericórdia, cuja capela se acha ao presente e há muitos anos incapaz e indecente de culto divino. Está esta dentro da dita vila para a parte do Sul, da qual denominada Misericórdia não consta a sua origem, nem qual fosse porque não tem provisão real, nem estatutos aprovados por autoridade alguma de quem os devia e podia aprovar e nunca teve, nem tem capelão. Tem sim uma irmandade ou confraria erecta sem autoridade, que dá as suas contas no Juízo da Provedoria desta sobredita comarca, como é certo lhes tem tomado o actual doutor provedor. Desta cada irmão, ou confrade da chamada Misericórdia paga a esta, cada ano, meio alqueire de centeio e quando morre cada hum lhe paga três tostões. Vive esta denominada Misericórdia das esmolas dos fieis; (…). Esta dita
capela a foram os nacionais assim denominando Misericórdia e é a chamada Misericórdia que há nesta terra» (Memória de Alfândega da Fé).
2. Senhorio e oficialato municipal
2.1 Senhorio: Casa de Távora, Marquês de Távora, então Francisco de Assis e Távora (Memória de Castro Vicente, concelho de Mogadouro).
2.2 Oficialato: «Governa-se no civil por 2 juízes ordinários, um de fora e outro da vila, com todos os mais oficiais que constituem o corpo da câmara (…). Tem juiz dos órfãos, data do senhor da vila com todos os mais oficiais, excepto o escrivão das sisas e das coimas, que é data de Sua Real Majestade». «No militar se rege por um capitão-mor e um sargento-mor, eleitos a votos de homens da governança e feitos pelo Conselho de Guerra a quem obedecem 5 capitães de outras tantas Companhias da Ordenança da vila e termo» (Memória de Alfândega da Fé). Juiz de fora e órfãos (desde o ano de 1760); 3 escrivães do geral; escrivão da câmara, achadas e almotaçaria; escrivão dos órfãos; escrivão das sisas, meirinho, alcaide, capitão-mor, sargento-mor, 7 Companhias de Ordenança, professor de 1.as Letras.
2.3 Modo de eleição do oficialato: «Juízes ordinários (…) e os mais oficiais que constituem corpo de câmara, os quais são eleitos, e lhe passa a carta o Ouvidor da Casa de Távora que nesta vila assiste, o qual é ordinário ou sem correição» (Memória de Alfândega da Fé).
2.4 Sede/equipamentos municipais: Feira franca, «esta se faz em uma Praça muito capaz e espaçosa e junto a ela está um chafariz de cantaria que lança água por 2 bicas (…)» (Memória de Alfândega da Fé).
2.5 Articulações: recebe por apelação as causas do juiz ordinário de Mirandela (Memória de Pousadas, Avantos, concelho Mirandela).
2.6 Outras referências: «oficiais da vila de Alfândega da Fé vão de varas levantadas à procissão solene que anualmente se faz em dia de Nossa Senhora dos Prazeres, à ermida de Nossa Senhora de Balsamão, tudo em reconhecimento de serem os moradores desta vila os que conseguiram o triunfo contra o Mouro que habitava o lugar (dos Mouros) e  porfeudo às vilas vizinhas umas tantas donzelas (…) mataram o Mouro e seus sequazes (…). Esta dizem ser a causa de a esta vila se acrescentar o título da Fé, chamando-se dantes a vila de Alfândega» (Memória de Alfândega da Fé).


Memórias Paroquiais 1758
in:repositorium.sdum.uminho.pt

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