O topónimo Vilarelhos está relacionado com o povoamento deste território, que terá ocorrido no século X. Nessa época, terão surgido as primeiras povoações que formaram pequenas fracções de unidade agrária, muito reduzidas, daí que se chamassem de pequenos vilarelhos, visto que não podiam ser consideradas vilas. Remonta à pré-história o povoamento desta freguesia.
O povoado fortificado de Nossa Senhora dos Anúncios foi habitado durante um longo período, entre a Idade do Ferro e a Idade Média. A nordeste, existiu uma necrópole medieval, com as sepulturas estruturadas em lajes de xisto. Foram recolhidos no local fragmentos cerâmicos de cronologia medieval, romana e idade do ferro, fragmentos de mós e quantidades significativas de tegula. Actualmente, não resta nada ou quase nada do sistema de fortificação do povoado. No interior do actual santuário, encontra-se uma estela funerária dupla de mármore e um fragmento de uma estátua em granito, correspondente à cabeça e pescoço, representando um guerreiro com um torques ao pescoço.
A Necrópole do Larinho, perto de Barragem do Salgueiro, devia ser de origem romana. A construção de uma estrada destruiu praticamente todas as sepulturas existentes. Ainda assim, esta necrópole parece estar relacionada com o Santuário da Nossa Senhora dos Anúncios. Há ainda vestígios de dois antigos templos medievais ou modernos. Da capela de Santa Marinha, restam hoje apenas os alicerces das paredes, mas quando se sabe que o culto a Santa Marinha é normalmente iniciado na Idade Média, tem-se uma ideia da sua antiguidade.
A Capela de Santo Antão também está em ruínas. Tratava-se de uma pequena capela em ruínas, constituída por dois pequenos corpos. Os elementos decorativos são inexistentes, apresentando o corpo mais antigo apenas um portal com arco de volta perfeita. Poderá ser uma construção do século XVI. No século XII, Vilarelhos foi doado ao Mosteiro de Bouro, por D. Pedro Fernandes de “Bragança”. Estava então integrado em Santa Justa de Vilariça e Santiago de Lodões. No entanto, não aparecem referências à sua existência, quer nas Inquirições de 1258, de D. Afonso III, quer no Catálogo das Igrejas do Reino de 1321, de D. Dinis. Em termos de património edificado, à falta das duas capelas anteriormente referidas, hoje em ruínas, uma palavra para o Solar do Morgado de Vilarelhos, que a Câmara Municipal de Alfândega da Fé pretende propor como Monumento Nacional.
O edifício foi construído em meados do século XVIII. É um solar de planta em U, integrando capela com decoração marcadamente barroca no ângulo sudeste. Quanto à Igreja Paroquial de S. Tomé, é um templo barroco e revivalista. Foi construída no século XVIII.
Área: 1215 ha
População: 335 habitantes
Património cultural edificado: Igreja Matriz, Capelas de S. Tomé, da Senhora do Rosário, Ermida da Senhora dos Anúncios, Casas Brasonadas e Senhoriais, Cruzeiro
Feiras: Feira Anual a 22 de Dezembro pela festa de S. Tomé
Festas e Romarias: Festas de S. Tomé a 22 de Dezembro, da Senhora dos Anúncios no 3º Fim-de-semana de Agosto
Gastronomia: Polvo, Bacalhau (pelo Natal), Borrego, Folar da Páscoa
Locais de lazer: Ermida de Nossa Senhora dos Anúncios com Miradouro, Ruínas da Ermida de Stº Antão, Barragem do Salgueiro, Parque Infantil
Artesanato: Tecelagem, Ferraria, Cestaria em Vime
Orago: S. Tomé
Principais actividades económicas: Agricultura, Pastorícia, Amêndoa, Vinicultura, Olivicultura, Pequena Indústria, Pequeno Comércio
Colectividades: Grupo Desportivo e Recreativo de Vilarelhos, Associação de Amigos de S. Tomé.
Retratos e Recantos
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