O protesto parte do mesmo grupo que promoveu as manifestações de setembro de 2012 com o mesmo propósito, quando foi conhecida a intenção do INEM de deslocalizar o meio de socorro aéreo para Vila Real.
O recurso aos tribunais por parte dos 12 presidentes de Câmara do distrito de Bragança impediu a saída do helicóptero que está agora pendente da vontade do INEM e de uma nova providência cautelar apresentada em tribunal, na forma de ação popular.
Os autarcas vão aproveitar a manifestação deste sábado para pedir à população que subscreva a nova ação judicial.
"Morrer no Nordeste Transmontano por falta de assistência? Não! Obrigado" é o lema do protesto convocado para este sábado, às 19:30, na praça das Eiras, em Macedo de Cavaleiros, com testemunhos dos que foram salvos pelo helicóptero e um desfile até ao heliporto que culminará com "um abraço simbólico" ao meio de emergência médica.
Os promotores da manifestação argumentam que "a saúde não pode voar daqui para fora" e que este é um serviço que a população não pode deixar sair da região.
"Quem ousará dizer a um idoso ou um jovem com um enfarte grave ou AVC que 10 minutos é igual a 45 minutos? Queremos o socorro em 10 minutos e não em 30 minutos. Se não é possível melhorar, também não queremos piorar", sustentam, numa nota de divulgação da iniciativa.
Os contestatários da deslocalização do helicóptero lembram que "demasiados centros de saúde foram encerrando de noite como se os transmontanos só pudessem adoecer de dia, que os hospitais ficaram vazios de serviços e que [o helicóptero] veio, em 2010, para compensar esses encerramentos, bem como para ultrapassar as distâncias enormes que existem dentro do distrito".
A organização prevê "um número mínimo de duas mil pessoas" nesta manifestação.
Este helicóptero é o que mais saídas tem no país entre a frota aérea de emergência médica do INEM e foi colocado no Nordeste Transmontano no âmbito dos protocolos celebrados, em 2007, entre os autarcas da região e o Ministério da Saúde.
O INEM avançou em 2012 com uma reorganização da frota aérea que pretendia deslocalizar para Vila Real esta aeronave para servir toda a região Norte.
Os autarcas conseguiram manter o meio de socorro na região com uma providência cautelar que acabou por ser revogada no final de setembro.
A ação principal continua a decorrer no Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela, que aceitou há uma semana, uma nova providência cautelar dos autarcas, mas desta vez na forma de ação popular.
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