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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 20 de julho de 2014

Produtos de Trás-os-Montes entram em força em Angola e Brasil

No mercado angolano, a aposta é uma rede de supermercados, o primeiro dos quais vai abrir em breve em Luanda; no Brasil são 250 padarias portuguesas.
Vinhos, azeites, enchidos, queijos – os produtos de Trás-os-Montes e Alto Douro preparam-se para entrar em força nos mercados de Angola e do Brasil, num projecto de internacionalização impulsionado pela Rota do Azeite. O primeiro passo será a abertura, prevista para Agosto, de um supermercado com a marca PITER (produtos de identidade territorial) em Luanda.

O espaço, explicou ao PÚBLICO Jorge Morais, presidente executivo da Rota do Azeite, incluirá, para além do supermercado onde 90% dos produtos são da região, uma cafetaria, uma agência de viagens e um centro empresarial com gabinete de consultoria nas áreas de contabilidade e serviços jurídicos, que apoiará os empresários que queiram investir em Angola. Tudo possível graças à parceria com um sócio angolano, ligado ao sector do turismo e à área alimentar, que arcou com todo o investimento – 2,5 milhões de euros nesta fase inicial.

A ideia é que a partir daqui surja uma rede destes supermercados em todas as províncias de Angola, e que depois esta se alargue a outros países de África Austral, sempre com o mesmo sócio, com o qual existe um contrato de exclusividade para este alargamento.

Mas se o projecto angolano é o que está mais avançado, muito em breve também o estado de São Paulo, no Brasil, receberá os produtos de Trás-os-Montes e Alto Douro. No caso brasileiro a abordagem foi diferente, afirma Jorge Morais. “O Brasil era para ser o projecto-piloto da nossa estratégia de internacionalização. Mas fomos confrontados com a burocracia brasileira a nível do licenciamento de alguns dos produtos”.

Se o vinho ou o azeite não representam problema, o mesmo não acontece com produtos como os queijos ou os enchidos – e é preciso não esquecer que um dos grandes trunfos da região é, precisamente, a alheira de Mirandela e todos os produtos de fumeiro. Para além do custo de licenciamento de cada rótulo, incomportável para produtores de menor dimensão, há ainda o problema dos prazos longuíssimos necessários para obter esses licenciamentos.

Apesar disso, através de parcerias com empresas importadoras já estabelecidas no Brasil, o projecto vai avançar, e prevê a colocação dos produtos de Trás-os-Montes e Alto Douro em 250 lojas da região de São Paulo. A grande aposta do PITER é a diáspora, e sobretudo a diáspora transmontana. Acontece que o presidente da Associação de Padarias do Estado de São Paulo é um transmontano. “Foi esse o canal que nos permitiu chegar às padarias portuguesas, que são 24 mil. Vamos agora abrir um concurso para, entre estas, escolher 250 que possam funcionar como postos de venda e showrooms”, explica o responsável da Rota do Azeite, sublinhando que existe também uma parceria com um banco português que financiará as padarias interessadas.

O grande objectivo é a promoção dos produtos de Trás-os-Montes e Alto Douro não só nestes dois países, mas noutros que estão a ser estudados. Mas “à boleia” dos produtos transmontanos poderão ir outros, de diferentes regiões. Segundo Jorge Morais, existe já uma parceria com A Poveira, empresa de conservas da Póvoa do Varzim, sendo que a única condição para que as conservas possam fazer parte deste pacote é utilizarem azeite transmontano.

O mesmo acontece com a parceria estabelecida com os fabricantes de chocolate da Casa Grande, que estão neste momento a desenvolver um bombom com o azeite de Trás-os-Montes. Outro produto em estudo é um chocolate com mel do Moxico, Angola, cuja cooperativa é presidida pelo sócio angolano da Rota do Azeite.

Para além dos produtos de maior visibilidade, a Rota do Azeite – que une 15 concelhos da região e integra as Rotas do Douro, juntamente com a do Vinho do Porto e das Vinhas de Cister – vai ainda comercializar em Angola, Brasil e outros futuros mercados, azeitonas, amêndoa e outros frutos secos, cogumelos e ervas aromáticas. Parceira fundamental de todo este processo é a Confraria de Enófilos e Gastrónomos de Trás-os-Montes e Alto Douro, entidade que certifica a qualidade dos produtos, através da atribuição de um selo da Confraria, depois de uma avaliação feita por prova cega.

Para além dos projectos em curso, a PITER está já a preparar a presença em feiras internacionais em 2015, apostando em quatro ou cinco países europeus, e tem entre os seus planos a organização de um festival anual da Alheira de Mirandela em Luanda.

Retalho português em Angola
Há muito que Portugal marca presença no mercado de retalho angolano. O Grupo Teixeira Duarte está no negócio da distribuição alimentar naquele país desde 1996, aproveitando a liberalização do comércio, antes controlado e detido pelo Governo. Através da sua empresa, a CND, detém a grossista Maxi e as lojas Bom Preço.

Jornal Público

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