É já no próximo dia 8 de novembro que se realiza a celebração da concessão solene do título de Basílica Menor à igreja‐santuário do Santo Cristo de Outeiro, na diocese de Bragança‐Miranda.
A cerimónia decorre a par das comemorações dos 500 anos da atribuição de foral à vila de Outeiro (formalmente, nunca perdeu o título) e a Eucaristia com o rito da atribuição do título de Basílica Menor é presidida pelo bispo diocesano, D. José Cordeiro.
Esta atribuição da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, em nome do Santo Padre, reconhece a importância deste templo na ação pastoral, litúrgica e espiritual e o seu valor patrimonial e arquitetónico.
O anúncio deste acontecimento foi feito publicamente no dia 12 de julho, naquela igreja‐santuário.
A celebração solene da promulgação do título ocorrerá a 8 de novembro, durante as celebrações dos 500 anos do segundo foral de Outeiro, concedido pelo rei D. Manuel I, em 11 de novembro de 1514.
Assim, o dia 8 de novembro ficará a ser o dia do aniversário da basílica. No uso cristão, a basílica é um edifício sagrado, sendo que se dividem em duas categorias: As basílicas maiores (as papais, que são quatro, e são elas a de S. Pedro, a de São Paulo Fora‐de‐ Muros, a de S. João de Latrão e a de Santa Maria Maior) e as basílicas menores.
Em Portugal, existem oito Basílicas, todas situadas em cidades, sendo a de Outeiro a primeira numa aldeia. A ideia de elevar a igreja de Outeiro a basílica menor já tem cerca de 30 anos. Nasceu em 1983, durante o Ano Santo da Redenção.
A construção da igreja do Santo Cristo de Outeiro remonta ao final do século XVII. De acordo com a tradição e algumas gravações em pedra que ali se encontram, no dia 26 de Abril de 1698, numa capela de Outeiro, o Santo Cristo suou sangue. “Este milagre conheceu rápida divulgação e muita devoção e por isso, ainda nesse ano, foi lançada a primeira pedra para a construção do santuário”, explicou o bispo diocesano. No ano passado, durante a celebração que assinalou os 300 anos da dedicação do santuário, o templo já tinha recebido, inclusivamente, uma bênção apostólica enviada pelo Papa Francisco ao reitor e peregrinos do Santuário.
A igreja foi aberta ao culto em 1713, no dia 3 de Maio. Contudo o templo só foi concluído em 1739 mas, nessa altura, já o local se tinha tornado um importante local de peregrinação.
A igreja é um dos imóveis com maior valor arquitetónico do distrito, considerado mesmo Monumento Nacional desde 1927. A proposta de elevação a Basílica foi lançada pela diocese de Bragança‐Miranda com a colaboração da Conferência Episcopal Portuguesa, do Conselho Presbiteral da Diocese, da Confraria do Santo Cristo de Outeiro, da Câmara Municipal de Bragança, da Direção Regional de Cultura do Norte, da Junta de Freguesia de Outeiro e de muitas pessoas e instituições.
Este processo para a atribuição do título de Basílica Menor entregue à Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos por D. José Cordeiro surge no decurso de um desafio anteriormente lançado por D. António Rafael, bispo emérito, que muitas vezes se referia a esta igreja como “Basílica de Santo Cristo de Outeiro”.
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