A ideia é defendida por Antero Neto, autor de diversos livros, alguns deles sobre tradições de solstício.
Perante a intenção recentemente divulgada pelo director regional de promover um levantamento das tradições de Inverno, o advogado, que se dedica a investigar estes assuntos, defende que a coordenação deve ser da responsabilidade de entidades a nível central. “É muito bonito o senhor director vir falar nisso e depois atribuir as responsabilidades única e exclusivamente aos municípios. Se não houver uma coordenação a nível global, de uma entidade supramunicipal não é fácil muitas vezes reunir autarcas e vontades”, sustenta.
O mogadourense ajudou a recuperar uma tradição que era dada como perdida. O Careto de Valverde e a Velha que o acompanha não saiam há cerca de 100 anos, o ritual foi este Natal revitalizado e é o tema do seu último livro.
O autor está também a preparar um trabalho no sentido de reactivar outro ritual desparecido: “O Mascarão e a Mascarinha”, de Vilarinho dos Galegos.O registo em livro é uma forma de preservar tradições para que não corram novamente o risco de se perder, mas Antero Neto valoriza os desfiles e mostras de máscaras, porque podem ser uma forma de atrair turistas ao contexto de origem.
Curioso pelas festas dos rapazes, o autor considera que o grande potencial turístico destes rituais únicos não está ainda devidamente potenciado.
Estes são alguns dos temas abordados por Antero Neto, no programa Cinco Perguntas desta semana. Uma entrevista que pode ouvir na íntegra na Rádio Brigantia, esta quarta-feira, depois das cinco da tarde, e ler na edição desta semana do Jornal Nordeste.
Escrito por Brigantia
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