À medida que a notícia se vai sabendo, os pedidos têm crescido de dia para dia diz Patrícia Salomé, «desde janeiro para cá deram entrada 25 pedidos para comparticipação de medicamentos».
A técnica da ação social da autarquia de Mogadouro acrescenta que processo de adesão é simples. Basta ir aos serviços da câmara e preencher o processo que será avaliado mediante os critérios do regulamento que a autarquia aprovou.
O executivo decidiu ajudar as pessoas com mais de 65 anos e com carências económicas, dando-lhe um cartão de 300 euros para descontar na farmácia ao longo de um ano.
Até há bem pouco tempo muitos não os compravam, afirma Paula Silva da Farmácia Nova de Mogadouro. «Tinham muita dificuldade para adquirir os medicamentos. Às vezes chegavam à farmácia e só queriam uma caixa, não queriam a outra, porque era mais cara. Acontecia assim em muitas situações».
Aos poucos a situação está a mudar.
Natália Cordeiro é uma das pessoas que já tem o cartão e diz que é uma ajuda preciosa. «Não tenho dinheiro para pagar diariamente os medicamentos. Só vivemos do ordenado do meu marido, mas também é muito doente e gasta muito em medicamentos. Eu também sou uma pessoa incapacitada para trabalhar e este cartão é uma grande ajuda».
António Assis gasta mais de 100 euros por mês na farmácia. Mora na aldeia de Urrós e diz que o cartão é bom «para os reformados como nós que não temos condições».
Se no final do ano a avaliação deste programa mostrar que os 300 euros não chegam, o montante da ajuda poderá subir, diz Evaristo Neves, vice-presidente da autarquia de Mogadouro. «Se constatarmos que esse valor é insuficiente, com certeza que o iremos aumentar».
A Câmara estima que o número de cartões possa chegar a cerca de 200 pessoas carenciadas do concelho.
Afonso de Sousa
TSF
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