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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Quercus alerta para os problemas da seca severa

Cerca de 60% do território nacional encontra-se em seca severa.
A Quercus, associação ambiental, tem vindo a alertar para este problema, que ano após ano, se tem vindo a agravar, fruto das alterações climáticas.

João Branco, presidente da Quercus, diz que em algumas zonas do país, há já seis meses que não cai uma pinga de água. 

“O que se passa é que neste momento todo o território nacional está em situação de seca, uns sítios mais graves que outros, portanto, vai desde a seca moderada à seca extrema, mas todo o território nacional está em seca.

Há locais do país, como por exemplo Castelo Branco em que já quase 6 meses que não cai uma gota de água, portanto, é deveras preocupante porque está tudo seco, as charcas, os terrenos, as fontes secaram e os rios e ribeiros levam pouco caudal e pronto. É uma situação que é má para a agricultura, mas também para os ecossistemas, nomeadamente para os aquáticos. “

A seca, aliada aos fogos florestais provoca uma grande erosão dos solos, que poderá representar graves problemas quando começarem as chuvas de inverno. 

“Repare que a seca também atinge as áreas florestais e, portanto, os combustíveis ficam extremamente secos e o território fica muito susceptível aos incêndios florestais. Facilmente incendeiam e quando isso acontece o fogo propaga-se muito depressa e de forma muito violenta. Nós já tivemos casos em Trás-os-Montes, este ano, dessa ocorrência. Para mais, o que acontece é que os solos depois de arderem ficam expostos à chuva. Portanto, o solo fica nu, sem qualquer cobertura, além disso fica ligeiramente calcinado, as próprias raízes das ervas e das árvores que seguravam a terra também ficam calcinadas e, nas primeiras chuvas, quando são mais ou menos violentas, inclusivé com trovoadas, o solo não tem proteção e acaba por ser arrastado em grandes quantidades com perda de solo que, por si só, é um grave problema ecológico e económico pois ficam mais inférteis.”
O presidente da Quercus diz que é necessário alertar os agricultores para optarem por produções de sequeiro, ou seja, que não necessitem de muita água. 

“O que nós aconselhamos é que a nível político haja uma aposta nas culturas de sequeiro e não nas culturas intensivas de regadio, como está a haver em alguns locais, em que essas culturas depois são extremamente dependentes da chuva. Isso pode trazer graves problemas socioeconómicos no futuro, porque os agricultores estão a investir em culturas de regadio a contar que vão ter água e, o que é certo, é que com as alterações climáticas o que se prevê é que haja cada vez mais ocorrências de seca como a que estamos a viver este ano.”
A quercus alerta para a situação de seca severa  em que se encontra 60 por cento do território nacional e pede ao Governo para manter e executar com rigor o Plano de Contingência para a Seca atualmente em vigor.

INFORMAÇÃO CIR (Universidade FM)

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