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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Dizeres e Ditos na Carta Gastronómica de Bragança

Luísa Fernanda Martins Gomes Branco
Sr.ª Dona Luísa Fernanda Martins Gomes Branco, 43 anos, vive em São Julião Palácios. É natural de S. Julião de Palácios, centro da Lombada.
Tem a ideia de os seus Pais considerarem o trabalho na agricultura muito dignificante.
Eles trabalharam muito e tinham vaidade no seu fazer. Ser da Lombada é conhecer as suas tradições e ter orgulho nos seus saberes.
Saber o significado de pagar o vinho e comer tremoços.
Nos tempos idos no Inverno comidas mais quentes; batatas, couves chícharos e toucinho, no tempo na Primavera e no Verão comidas mais leves, feijão-verde, ervilhas e saladas. Abundava a caça, comiam-se coelhos bravos, lebres, perdizes, ainda pardais e estorninhos. Os coelhos preparavam-se estufados, as perdizes com couve de penca, as lebres em arroz, bem como os pássaros Vive contente, agora as pessoas levam os problemas para casa.

Marcelina Augusta Centeno
Sr.ª Dona Marcelina Augusta Centeno98 anos, vive em Baçal. Nasceu em Aveleda, teve dez filhos, os meninos não tinham paparicos, comiam o mesmo que os outros. Todos listos, como abelhas.
Não precisava de os levar ao médico. Estavam sempre contentes. Vivia-se mais ou menos. Trabalhava-se muito para colher o centeio. Nas malhas comia-se carneiro guisado com batatas na caldeira de cobre. Nas malhas pequenas levava-se bacalhau com batatas.

No fim da matança bebia-se aguardente.

Carta Gastronómica de Bragança
Autor: Armando Fernandes
Foto: É parte integrante da publicação

Publicação da Câmara Municipal de Bragança

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