Referia, então, a nova série iniciada em 1975 que procuraria, “com olhos postos no futuro, defender os interesses da Cidade e do Distrito integrados no PORTUGAL NOVO em construção sob a égide da Democracia”, e divulgar a “obra esgotada do erudito Abade de Baçal, esperando iniciar no próximo número a republicação do 1.º tomo da obra monumental que são as suas Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança”.
Em 1977, fazendo um balanço da sua publicação, o seu diretor recordava que os Amigos de Bragança, ao longo da sua existência, tinham aberto um “campo de luta por melhoramentos urbanos e rurais, pela fundação de uma biblioteca pública, por um teatro bragançano, pela abertura da fronteira do Portelo, por melhores estradas, pela eletrificação das aldeias, pelas festas da Cidade, pela Escola Normal Superior, etc. etc.”. E que seria preciso repetir “as mesmas discussões, travar as mesmas lutas pelos mesmos objetivos de dignificação da terra e do homem”.
Em 1984, o proprietário já não era o “Grupo dos Amigos de Bragança”, mas o professor doutor Ernesto Rodrigues, que nos deixou um balanço deste boletim entre 1984-1986.
Tornava-se cada vez mais difícil manter este boletim com caráter regular, apesar de pretender manter uma periodicidade mensal. A sua publicação esteve mesmo interrompida entre 1986-1988. Em 1989 e 1990, saiu ainda um número em cada um desses anos, mas sendo já propriedade da Fundação “Os Nossos Livros”. Mais tarde, em 1997, surgiu a 9.ª série da revista, desta vez com propriedade do dr. Fernando Calado e direção de Pinelo Tiza, a qual, para lá do nome, pouco ou nada manteve da estrutura editorial que caracterizou o boletim Amigos de Bragança nos anos precedentes.
Título: Bragança na Época Contemporânea (1820-2012)
Edição: Câmara Municipal de Bragança
Investigação: CEPESE – Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade
Coordenação: Fernando de Sousa
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