terça-feira, 19 de março de 2019

BRASILEIROS BARRADOS NA EUROPA

Por: Antônio Carlos Affonso dos Santos
(colaborador do "Memórias...e outras coisas..")
São Paulo - Brasil
Aumentou 62% o número de brasileiros impedidos de entrar nos países europeus (UE) em 2018, em comparação com o ano anterior. Dados divulgados no último relatório de riscos da FRONTEX, agência de fronteiras da UE, indicam que 4.984 brasileiros tiveram sua entrada recusada na Europa em 2018. Observar que, em 2017 já haviam sido recusados 3.086 pessoas originárias do Brasil.

Dessa forma, o Brasil tornou-se a sétima nação com mais cidadãos barrados na Europa. Em 2017, o Brasil ocupava a décima posição na lista de barrados. A primeira posição entre os países que mais tiveram cidadãos rejeitados na Europa é da Ucrânia, com 57.500 pessoas (equivalente a 30% de todas as pessoas barradas). Assim, a Ucrânia viu a rejeição de seus cidadãos crescerem55%, entre 2017 e 2018. A Rússia é dona do segundo lugar nessa lista de rejeitados, com 25.900 cidadãos rejeitados para entrarem na Europa, tendo uma queda de 29% em relação ao período 2017 e 2018. Segundo autoridades do UE, é recorrente de que a maior parte dos casos de rejeição se refere à falta de documentação adequada e comprovação de meios de subsistência, algo que é exigido nas condições de estadia.

O aumento da quantidade de brasileiros barrados na Europa foi bem mais expressivo do que o aumento de imigrantes impedidos de entrar na EU; entre 2017 e 2018, esse aumento foi de 4%! O número de brasileiros deportados dos países europeus também cresceu; cerca de 22% entre 2017 e 2018, com um número recorde de 1.926 pessoas. Já os brasileiros em situação irregular (extrapolaram o período de permanência como turista aumentou). Curiosamente, a grande maioria dos casos foi identificada em Portugal. As autoridades portuguesas neste ano de 2019, ainda não divulgaram as estatísticas oficiais de 2018, porém é dado como certo de que houve aumento significativo na comunidade brasileira no país.

Em Portugal, assim como de resto toda a Europa, os brasileiros em situação irregular contrastam com a redução geral do número de imigrantes que cruzam ilegalmente as fronteiras europeias. Em 2018 foi registrado o menor número de imigrantes, dos últimos cinco anos; ou seja, 150.114 pessoas! Pelo que se pode deduzir, atualmente é muito menor o número de pessoas tentando chegar à Europa através de rotas do Mediterrâneo; desde a Tunísia até a Itália. A rota migratória que passa pelo Marrocos, em direção à Espanha, porém, está em alta! Entre 2017 e 2018, o número de chegadas aumentou em 157%!

Mais uma vez sugiro aqui aos autarcas transmontanos: Será que a permissão para residir nas terras altas não incentivaria os brasileiros a estancar o êxodo de cidadãos transmontanos e aumentar a mão de obra para executar jeiras, por exemplo?

- Assim como falava Zaratustra: ...”extingue-se o dia para todas as coisas, mesmo para as melhores (e piores); chega o crepúsculo! Ouvi agora e vede, homens superiores: que demónio, homem ou mulher é esse espírito de melancolia do crepúsculo?”.

Referência:

- Giuliana Miranda; Jornal Folha de São Paulo, 7 de março de 2019, caderno B4.

-Pontos de vista e observações do ACAS


Antônio Carlos Affonso dos Santos – ACAS. Nascido em julho de 1946, é natural da zona rural de Cravinhos-SP (Brasil). Nascido e criado numa fazenda de café; vive na cidade de São Paulo (Brasil), desde os 13. Formou-se em Física, trabalhou até recentemente no ramo de engenharia, especialista em equipamentos petroquímicos.  É escritor amador diletante, cronista, poeta, contista e pesquisador do dialeto “Caipirês”. Tem textos publicados em 8 livros, sendo 4 “solos” e quatro em antologias, junto com outros escritores amadores brasileiros. São seus livros: “Pequeno Dicionário de Caipirês (recém reciclado e aguardando interesse de editoras), o livro infantil “A Sementinha”, um livro de contos, poesias e crônicas “Fragmentos” e o romance infanto-juvenil “Y2K: samba lelê”. 

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