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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Ordem dos Médicos Veterinários está contra a descentralização para os municípios dos serviços de sanidade animal e segurança alimentar

Estes profissionais entendem que pode estar em risco a saúde pública com a entrada em vigor do Decreto-Lei 20/2019.
Álvaro Mendonça, antigo Director Geral de Alimentação e Veterinária e representante desta ordem, afirmou que considera errado reverter a verticalização desta estrutura.

“As pessoas que na periferia são o braço armado da DGAV são quem faz o trabalho de campo especializado nessa área, transmitindo as informações diariamente para os serviços centrais que as vão processar para o diretor geral e tomar essas decisões para que sejam  cumpridas nas regiões, tem de ser verticalizado e unificado e não pode ser mediado por 280 entidades, as câmaras municipais, que até ao momento ainda não tiveram qualquer influência e atividade nesta área de sanidade animal e segurança alimentar, a não ser via os veterinários municipais que eram controlados em boa parte para DGAV, o que pode ser bom para a corporação dos médicos veterinários e ser mau para a segurança alimentar e para a sanidade animal.” 

A Ordem esclarece que os serviços da DGAV continuarão a controlar as empresas de maior dimensão do sector alimentar, mas as de pequena dimensão, que são “mais de 80% do sector”, vão ser controladas pelas câmaras municipais, e temem que isso conduza a “tratamentos diferentes” e a dificuldade de coordenação entre os vários municípios.

“Os veterinários municipais passam a ser 100% pagos pelas câmaras municipais e vão obedecer ao presidente da câmara que é a quem o devem fazer.

O decreto prevê que hajam indicações por parte da direção geral, mas que indicações é que o veterinário municipal pode cumprir quando são mediadas por 280 presidentes de câmara? Quando os vários municípios vizinhos tiverem de se coordenar para ações no terreno imediatas e idênticas, num prazo relativamente curto por causa da entrada de uma doença ou por uma informação que é preciso prestar, eu pergunto quais são os municípios que se conseguem coordenar num curto espaço de tempo.

O que vai emanar da DGAV é único e o que vai sem cumprido a nível dos municípios será aquilo que cada equipa dos presidentes de câmara entender que é mais urgente e importante fazer-se.”

O veterinário Duarte Lopes dá como exemplo as medidas para lidar com a triquinose que afecta os javalis:

“Foi necessário concertar medidas a nível dos diferentes concelhos. Tem de haver uma articulação que entendemos que tem de ter uma cadeia de comando nacional, pois pode nem interessar muito politicamente para a própria região que se saiba que há surtos desta doença, a sanidade ai tem de estar a um nível superior.

Quando pensamos em segurança alimentar, saúde pública e segurança das populações, não podemos olhar só a interesses locais, mas sim a uma linha de comando nacional que determine ações específicas para um determinado território que não é concelho.

Este caso é um dos exemplos que consideramos que com esta lei vai pôr em causa a eficácia dos serviços veterinários.”

 Os veterinários garantem que os profissionais estão unidos na rejeição da transferência das competências na área da sanidade animal e segurança alimentar da Direcção Geral de Alimentação e Veterinária para as câmaras, uma posição assumida pela Ordem, pelo Sindicato e pela Associação dos Veterinários Municipais, e esperam que a Assembleia da República revogue este decreto lei 20/2019, de 30 de Janeiro.

Dos 280 municípios do continente, 52 aceitaram delegação de competências nesta área.

INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)

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