A falta de pessoal, a valorização das carreiras e o fim da precariedade são apenas alguns dos motivos que levaram a esta paralisação, como explica Manuela Gomes, Coordenadora Norte do Sindicato Nacional dos Profissionais de Educação (SINAPE):
“É a valorização da profissão não docente, as carreiras e progressões, a segurança no espaço escolar que não existe, a descentralização de competências, o fim da precariedade com a integração dos atuais trabalhadores precários, que são fundamentais para o funcionamento das escolas, a recuperação da carreira específica para não docentes, a valorização de salários, que é diferente da atualização do salário mínimo em janeiro de cada ano, e há muitos que não temos aumentos.
Reivindicamos também a revisão da portaria que define os rácios pois, por exemplo, o pré-escolar e o ensino básico não estão contemplados com trabalhadores para desenvolver o trabalho em relação a esse pessoal, docente e não docente, daí as escolas estares sobrecarregadas e não terem funcionários nem trabalhadores para desenvolverem as tarefas.
Lutamos ainda pela qualidade do ensino público.”
Helena Moreira é assistente operacional no Agrupamento de Escolas de Macedo há 21 anos e juntou-se a esta greve porque diz notar uma progressiva decadência na carreira:
“Cada vez vemos cair mais a carreira de assistentes operacionais, a falta deles, a falta de salário digno, a falta de segurança que existe nesta e em outras escolas EM todo o país, continuo a dizer que a faixa etária dos assistentes operacionais que estão no ativo é de 50/60 anos, e estão exaustos, cansados. Temos que fazer ver que estamos descontentes e reivindicamos os nossos direitos por um salário melhor e dignidade na carreira, pois são os assistentes operacionais, juntamente com o pessoal docente, que garantem que escolas estejam abertas.”
Uma greve que se está a fazer sentir em outros estabelecimentos de ensino da região e do país.
Escrito por ONDA LIVRE
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