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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Caça tem cada vez menos praticantes na região e enfrenta dificuldades

O número de pessoas a dedicar-se à caça tem vindo a diminuir, uma vez que a actividade se tem tornado menos atractiva, em especial para os jovens.
Os custos envolvidos e a diminuição das espécies cinegéticas são alguns dos factores que afectam este sector, destaca Fernando Castanheira Pinto, presidente da Confederação Nacional de Caçadores Portugueses.

“Há um decréscimo muito grande do número de caçadores, principalmente jovens, o que se deve à diminuição drástica do número de espécies cinegéticas disponíveis, aos processos burocráticos para obtenção da carta de caçador, da licença de uso e porte de arma e aos custos associados”, explica. Para além de que, a população de caçadores é hoje mais envelhecida, “60% estão acima dos 55 anos”, o que é visto como uma “situação preocupante”.

As associativas têm vindo a passar por dificuldades financeiras e também no que toca à gestão cinegética e exploração de recursos. Nélson Cadavez, presidente do Clube de Monteiros do Norte, acrescenta que a falta de formação também afecta o trabalho desempenhado pelas associações que gerem as zonas de caça:

 “Do ponto de vista de gestão cinegética, o trabalho que se tem feito ao longo destes quase 30 anos eu diria que está muito aquém do que seria desejado e daquilo que seria possível, por falta principalmente de competências profissionais”, afirmou, explicando que há um “défice considerável” nesta matéria.

Por outro lado, Castanheira Pinto, considera que o papel das associativas é fundamental para manter a actividade cinegética.

“Hoje já não haveria caça se não fosse o fomento e a gestão que os caçadores, que ainda vão fazendo sementeiras, desmatação e controlo dos predadores”. Por isso entende que o papel das associativas “é fundamental”, apesar de admitir que “não se pode considerar que todas tenham um papel exemplar e nem todas trabalham ao mesmo nível em prol da caça”. O responsável acusa ainda o Estado de se “demitir da sua principal função: a fiscalização” e aponta o furtivismo como outro dos problemas da caça.

Com este governo as áreas da floresta e da caça passaram do ministério da Agricultura para o do Ambiente. Jacinto Amaro, presidente da federação Nacional de Caça, a Fencaça, critica esta mudança, porque entende que vai acrescentar burocracia ao sector:

“Ter uma coisa num ministério e outra noutro parece-me desfasado, parece não contribuir para uma organização menos burocrata e obriga a que o agricultor e o produtor florestal, que muitas vezes é o mesmo, tenha que andar a repartir-se por vários ministérios”, afirmou Jacinto Amaro.

A diminuição do número de praticantes e de algumas espécies cinegéticas, em especial devido às doenças, as dificuldades que as associativas enfrentam são problemas que estão a contribuir para a baixa atracção e baixo valor económico da caça na região. 

Escrito por Brigantia
Jornalista: OTC/AP

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