O autor recolheu informação ao longo de 40 anos e percebeu que as perseguições, por parte da inquisição, a D. António Veiga Cabral não tinham sentido.
“Descobri muita coisa da biografia dele que ninguém conhecia nem sabia, os processos de inquisição não existem na Torre do Tombo, portanto só conhecemos a sentença a acusá-lo de tudo e mais alguma coisa. Mas este bispo, apesar das perseguições dos ataques que lhe fizeram nunca saiu do seu rumo, a igreja católica nunca o condenou. Era uma figura exepcional da Igreja”, contou.
D. António Veiga Cabral viveu no tempo da Revolução e Invasões Francesas, época em que se fez sentir o embate entre a tradição e a inovação, a mentalidade religiosa conservadora e os desafios do racionalismo iluminista. Para o autor este bispo faz lembrar o Papa Francisco, já que também lutou por um novo papel da mulher na sociedade.
Presente na apresentação desta obra, na terça-feira, esteve o presidente da câmara de Bragança. Hernâni Dias reforça que a publicação é uma homenagem a D. António Veiga Cabral, assinalando-se este ano 200 anos da sua morte.
A biografia crítica de D. António Veiga Cabral da Câmara é baseada em fontes manuscritas e procura mostrar o que esteve na origem da perseguição de que foi alvo, bem como a influência que continuou a exercer depois da sua morte.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
Sem comentários:
Enviar um comentário