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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

José Rodrigues – Homenagem à Indústria da Seda (2004)

Homenagem à Indústria da Seda (2004).
Autoria: José Rodrigues
O Largo Lucien Guerch foi o local escolhido para a implantação da escultura de José Rodrigues conhecida por Homenagem à Indústria da Seda ou Monumento ao Tecelão, ou ainda simplesmente por Tear. A encomenda da obra, inserida no contexto do Programa Polis, comprova uma postura muito interessante por parte da Autarquia de intervenção urbana e de valorização estética dos espaços públicos. A colocação da escultura neste lugar específico tem uma ligação óbvia à Casa da Seda, uma das poucas estruturas sobreviventes (antigo moinho recuperado no Rio Fervença) daquela que foi, durante séculos, a principal atividade industrial que tanta prosperidade trouxe à região.
As palavras do artista introduzem-nos de imediato ao significado da obra, a partir do tema proposto, “o Tear agora transformado em escultura que se projeta no espaço”. “Neste tear as cordas não são de lã, a nossa tecedeira com os dedos toca nos fios como se se tratasse de um instrumento musical, projetando assim no espaço a memória de uma profissão muito antiga, fundamental na economia trasmontana”.
Apresentando não uma, mas duas estruturas interligadas pelo significado, embora colocadas em planos distintos, o artista, através do tear e da sua teia de arames/fios que sugerem sons ritmados que nos conduzem ao trabalho da tecedeira, lembra-nos, de alguma forma, a tocadora de harpa e a melodia perdida no espaço e no tempo. A mensagem imagética que nos é transmitida remete-nos para um passado longínquo, mas que se quer próximo, onde a figura feminina, com as mãos no regaço e o olhar perdido no horizonte, nos faz desejar o regresso desse mundo perdido, onde o barulho da água e o som dos teares eram uma vivência real das gentes da região.

Título: Bragança na Época Contemporânea (1820-2012)
Edição: Câmara Municipal de Bragança
Investigação: CEPESE – Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade
Coordenação: Fernando de Sousa

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