A investigação, apresentada no XXI Encontro Micológico transmontano em Mogadouro, este fim-de-semana, propõe-se desenvolver um composto que possa ser aplicado directamente, como explica uma das investigadoras, Ana Afonso:
“O objectivo inicial era avaliar as propriedades antibacterianas do shiitake, agora que vimos que tem propriedades antibacterianas a ideia é seguir o estudo para identificarmos o composto responsável por esta actividade e assim isolá-lo e desenvolver um produto, em princípio tópico.”
Esta investigação tem também como objectivo ajudar a evitar o uso de antibióticos:
“O principal objectivo é encontrar novas formas de combater as resistências aos antibióticos porque estamos a ficar sem alternativas, existem várias infecções para a quais já não há antibióticos disponíveis.”
Outra das investigações apresentadas, procurou encontrar um antídoto para envenenamento por um tipo de cogumelo que é dos mais tóxicos. Os resultados dos testes em laboratórios são muito positivos com 100% de reversão dos efeitos que podem levar à falência renal e hepática, destaca Juliana Garcia, que desenvolveu a investigação na UTAD:
“Propusemos-nos desenvolver antídotos para intoxicação por amanita phaloides. Conseguimos resultados promissores com polimixina b, que sugerimos que sejam implementados na terapêutica actual da intoxicação por amanita phaloides. Não queremos substituir o tratamento existente, o que sugerimos é a adição de polimixina b ao actual protocolo.”
O XXI encontro micológico transmontano, organizado pela associação Pantorra, reuniu cerca de 100 participantes em Mogadouro. Num ano de muitos cogumelos, a feira de cogumelos e produtos locais, conferências, passeios micológicos e a vertente gastronómico foram atractivos desta iniciativa.
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)
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