A coordenadora regional desta delegação, Patrícia Lopes foi diagnosticada em 2019 com a doença degenerativa do sistema nervoso central e explica que este pólo surgiu por uma necessidade e depois de um pedido de ajuda. "Estes doentes, normalmente, passam sempre por duas etapas: a não aceitação da doença e depois o pedido de ajuda. No meu caso aconteceu o mesmo. Depois de aceitar procurei ajuda, fiz uma busca e encontrei a SPEM. Questionei-os acerca de como poderia ter acesso aos serviços mas os que existem estão um pouco longe de Bragança. Então propuseram-me a criação de uma delegação em Bragança".
A delegação de Bragança é recente e o objectivo é chegar a mais pessoas, angariando mais sócios.
A SPEM oferece serviços de apoio aos associados que Patrícia Lopes espera que chegue também a Bragança, sendo importante para isso ter uma sede que pode servir também para juntar os pacientes. "Unir estes doentes, criar um ponto de encontro, criar actividades, como terapia da fala, terapia ocupacional, fisioterapia... unir os doentes. Aas pessoas portadoras da doença falam uma linguagem própria. Os cuidadores e familiares não entendem muito bem a doença".
A Esclerose Múltipla é uma doença crónica, autoimune, inflamatória e degenerativa, que afecta o Sistema Nervoso Central, mas os sintomas e a intensidade da doença variam de pessoa para pessoa. O objectivo é também combater o estigma ligada à Esclerose Múltipla.
No distrito haverá cerca de 60 pacientes acompanhados na Unidade Local de Saúde do Nordeste, mas mais doentes são seguidos em hospitais fora da região.
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