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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Água do regadio do Azibo pode ficar muito mais cara com novas exigências da DGADR. Direção da ABMC demitiu-se

 Os agricultores que beneficiam do regadio da Albufeira do Azibo podem ter de passar a pagar mais pela água que consomem anualmente.


Isto porque há encargos coma estação elevatória, que até então eram suportados pela Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), e que esta agora está a exigir que passem a ser custeados pela Associação de Beneficiários de Macedo de Cavaleiros, que é responsável pela gestão do aproveitamento hidroagrícola do concelho.

Por não concordar com estas alterações, a atual direção apresentou o pedido de demissão, que foi aceite pela assembleia geral.

O agora presidente demissionário, Hélder Fernandes, que estava à frente da associação desde 2009, refere que a se efetivarem estas alterações à adenda do contrato de concessão em vigor, será preciso o tripo do orçamento atual da associação, que ronda os 110 mil euros, dinheiro que vai sair do bolso dos mais de 1000 regantes:

“Tivemos uma reunião em Lisboa e a DGADR comunicou-nos que, enquanto direção, teríamos de submeter, em assembleia geral, umas alterações que, no nosso entender são muito gravosas para a associação e para os regantes.

Não consideramos que tenhamos condições para assumir esses encargos pois não queremos, de todo, assumir as responsabilidades que daí advêm, que são, sobretudo, encargos com a estação elevatória, que atualmente ainda eram suportados pela DGADR mas que, neste momento, querem que passem a ser suportados, na íntegra, pela associação.

Isso seria muito penoso para o orçamento da associação e teria custos extraordinariamente elevados para os regantes.

Talvez fosse necessário um orçamento a rondar quase o tripo do valor atual.”

Entre os novos encargos estão o pagamento, na totalidade, da energia, reparações e manutenção da estação elevatória, num valor estimado de 130 mil euros por ano. Além disso, a alteração à adenta do contrato implicaria também o pagamento de mais encargos com as viaturas da associação, que representaria mais 20 mil euros.

Assim sendo, a rega anual de um quintal, que hoje custe, por ano, 40€, pode passar para 120€:

“Muitas vezes trata-se de pequena agricultura e quintais, e embora o regadio uma taxa cada vez maior, temos aqui um problema grave que tem a ver com problemas de tesouraria e outras responsabilidades.

Do lado da receita não há garantia de que, mesmo que haja este incremento, se venha a efetivar, mas temos a certeza de que as despesas não vão descer e isso criaria problemas de tesouraria à associação e a quem estiver.”

Os regantes já foram informados desta crise que a Associação de Beneficiários de Macedo vive atualmente, através de uma assembleia geral extraordinária, estes que, por unanimidade, rejeitaram a proposta de alteração à adenda do contrato, que implicaria todos os novos encargos. A posição vai ser comunicada à DGADR.

A autarquia de Macedo de Cavaleiros também já interveio, solicitando uma reunião com a DGADR para tentar encontrar uma solução para esta questão.

O presidente do município de Macedo, Benjamim Rodrigues, acredita que com este aumento do preço da água do regadio, alguns agricultores possam abandonar a atividade:

“Se neste momento isso já acontece, mesmo sem esses custos acrescidos, com eles ficará muito pior.

O nosso papel aqui é de mediadores, promovendo o diálogo e soluções, para conseguir que haja concertação, com esta ou com uma nova direção, defendendo todo o dossier que está em cima da mesa, para que possamos continuar com a associação equilibrada e sustentável.”

A reunião está marcada para 17 de novembro e vai contar com o Diretor Geral da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Rogério Ferreira, com a autarquia macedense e com a Associação de Beneficiários de Macedo de Cavaleiros.

As eleições para a nova direção da Associação de Beneficiários ficaram marcadas para dia 26 de novembro.

Escrito por ONDA LIVRE

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