Em outubro, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, afirmou que o Governo está a trabalhar com “muito afinco” para encontrar “uma solução para viabilizar a linha do Tua”.
Os autarcas dos cinco concelhos falam a uma só voz através de Pedro Lima, presidente da Câmara de Vila Flor, que lidera, atualmente, a Agência.
Pedro Lima reuniu, recentemente, no Ministério das Infraestruturas e trouxe a mesma garantia, mas também a de que o processo vai voltar praticamente ao início. "A questão que agora se coloca e que é diferenciadora é que, realmente, vai-se voltar a uma definição. Nós estivemos a seguir uma caminho que se não se tornou viável e o Ministério das Infraestruturas, através do ministro, identificou que tem que haver outra intervenção a outro nível, nomeadamente quem ficará responsável pela própria mobilidade. De certa forma, vamos voltar à definição do processo desde o início".
Pedro Lima não garante se o empresário Mário Ferreira vai continuar ligado ao Plano de Mobilidade do Vale do Tua. "Isso não é uma situação líquida mas não está, realmente, a demonstrar viabilidade esse caminho. Não é pelo empreendedor em si, evidentemente. É pelos constrangimentos que a exploração de uma linha férrea representa, principalmente uma com os problemas que esta teve no passado. Precisa de ser uma empresa que tenha capacidade e know how para fazer a exploração da linha e a sua manutenção. É um processo muito complexo, que não é de todo fácil para o promotor o conseguir sozinho".
Tentámos contactar Mário Ferreira para saber se ainda está dentro deste processo, mas não conseguiu explicações.
O comboio Tua Express vai continuar em Mirandela, onde está há cinco anos, à espera de poder percorrer os 33 quilómetros que restam da linha do Tua, enquanto o barco tipo rabelo vai manter-se atracado no cais da Brunheda, onde também permanece desde 2017.
O Plano de Mobilidade do Vale do Tua é a principal contrapartida pela construção da barragem de Foz-Tua, para os municípios de Alijó, Carrazeda de Ansiães, Vila Flor, Murça e Mirandela.
Apesar disso, a sua implementação continua a marcar passo.
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