O Núcleo Antifascista de Bragança, que organizou uma vigília pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, diz não ter mais números por ser difícil chegar às instituições. Tatiana Pinto, que pertence ao núcleo, diz que é preciso alertar os brigantinos para as estatísticas. "Estes casos, registado na APAV, correspondem a violência doméstica. É um número preocupante sempre. Uma mulher já é uma mulher a mais. Sabemos que, apesar de haver 10 registados, há muitos casos que não estão registados e ocorrências que são feitas queixas mas depois não há acção por parte das forças policiais".
Apenas de cerca de 15 pessoas aderiram à vigília, na sexta-feira, que aconteceu na Praça Camões, no dia internacional dedicado a esta problemática. Tatiana Pinto mostrou-se preocupada com a falta de adesão e disse que em Bragança parece haver um determinado comodismo. "As pessoas que ou não é um problema ou que as coisas vão continuar assim. Como estamos num meio mais rural e conservador, é importante chamar a atenção para este assunto".
Apesar de tudo, considera que as pessoas vão começar, aos poucos, a aderir. "Fizemos publicações na redes sociais e colocamos cartazes pela cidade. Acreditamos que, quando começarmos a fazer mais iniciativas, as pessoas vão aderir mais e deixar de ter medo, se calhar, de dar a cara".
O núcleo foi criado há dois anos. Neste momento, tem sete elementos. A violência contra as mulheres não é a única preocupação.
As próximas iniciativas do núcleo deverão acontecer nos dias 8 de Março e 25 de Abril.
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