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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Em Mirandela, o Maria Rita junta tradição e produto local há 60 anos

 Na família Meireles há 60 anos, o restaurante Maria Rita continua a servir a mesma cozinha regional em Mirandela. Sopa seca, alheira ou bacalhau à Romeu são algumas das especialidades.

Maria Rita, Mirandela. (Fotografia de Rui Manuel Ferreira/GI)

Integrado no projeto da Quinta do Romeu, o Maria Rita tem uma história que remonta ao século XIX. O nome remete para a antiga estalajadeira que deu abrigo a Clemente Menéres quando este lá chegou em 1874, vindo do Porto para comprar sobreiros.

“Cheguei à povoação do Romeu às 4 horas da tarde do dia 18 de maio de 1874. Procurei uma estalagem e encontrei a única que lá existia e que era da Sr.ª Maria Rita que, por sinal, nada tinha que nos dar de comer. Mandei então assar bacalhau, acompanhado de pão negro de centeio”, escreveu o próprio no seu diário.

A matriz tradicional da cozinha portuguesa é o pilar da casa. (Fotografias de Leonel de Castro/GI)
O restaurante fica situado na aldeia de Romeu, em Mirandela.

Após a morte da estalajadeira, a família Menéres adquiriu o espaço, que já estava em ruínas, e em 1966 reabriu-o como restaurante. “A carta mantém-se inalterada desde essa época, com o receituário do meu bisavô”, conta João Menéres, que tomou conta do negócio da família. Além da cortiça, que continua a fazer parte do negócio, a quinta é também conhecida pelo azeite – Romeu – e pelo vinho, do mesmo nome.

No restaurante, ambos vão à mesa, assim como grande parte da produção de hortícolas. O primeiro aparece em praticamente todos os pratos que levam azeite e também nas alheiras, produzidas no local e que nesta altura do ano se começam a servir, grelhadas na brasa. Outro clássico transmontano são as sopas secas, mas também há pratos de bacalhau, feijoca à transmontana ou posta mirandesa. Tudo para comer ao calor da lareira que por esta altura do ano aquece a casa.

A açorda de espargos é um dos destaques da carta.
Há seis décadas que este restaurante é gerido pela mesma família. (Fotografia de Rui Manuel Ferreira/GI)


Um clássico da casa

Sopas secas: Várias carnes e fumados, tudo cozido com grão e rematado com fatias de pão, que fica ensopado no caldo. A mistura depois vai ao forno numa caçarola de barro, ficando o pão tostado.

Uma novidade da casa

Alheira: Com as primeiras geadas, a cozinha do Maria Rita começa a produzir as afamadas alheiras, como sempre as produziu. Por estes dias já começam a estar disponíveis.

Luísa Marinho

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