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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Aprovada criação do Instituto de Língua Mirandesa no Orçamento de Estado

 Vai ser criada uma estrutura própria para proteger e promover o mirandês, enquanto língua viva


O “Instituto de Língua Mirandesa” surge de uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado, que foi sugerida pelo único deputado do Livre, Rui Tavares, e o Partido Socialista acaba de a aprovar.

O presidente da Associaçon de la Lhéngua i Cultura Mirandesa, Alfredo Cameirão, explica que há uma dotação financeira de 100 mil euros para tudo seja posto em prática. "A proposta que o Livre levou à negociação para rectificação do Orçamento do Estado é que se deve criar um organismo que possa responsabilizar-se pela língua mirandesa, nomeadamente que deva garantir algumas premissas da Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritárias, com dotação orçamental específica, que, tanto quanto sabemos, será de 100 mil euros".

Na proposta que o Livre apresentou lê-se que, apesar de todos os esforços, a língua "encontra-se seriamente ameaçada". O Livre alerta ainda para o facto de se correr o risco de a língua deixar de ser falada de forma corrente, nos próximos anos.

Alfredo Cameirão quer ver medidas de promoção em curso. "Significa, desde logo, uma das poucas assunções de responsabilidade do Estado para com a língua mirandesa. A efectivar-se, isto significa que vai aparecer um organismo que possa congregar vontades e responder pela língua, delineando estratégias de promoção, divulgação e preservação".

A língua é ensinada nas escolas do concelho de Miranda do Douro mas continuam a faltar manuais. O Governo continua sem arranjar uma solução para esta falha e associação, com meios próprios, pouco ou nada pode fazer. "Essa é uma das lacunas mais claras e mais evidentes. O mirandês é ensinado nas escolas desde meados dos anos 80. Todas estas décadas depois não há um programa oficial do Ministério da Educação nem há manuais. Cada um dos professores tem um trabalho hercúleo de construção dos seus manuais e do seu próprio programa, ano a ano. Continuamos a fazer esforços nesse sentido porque é uma das lacunas mais gritantes".

A proposta apresentada pelo deputado único do Livre foi aprovada na Comissão de Orçamento e Finanças, no parlamento.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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