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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 12 de junho de 2023

16.º BISPO DE MIRANDA - 1681 a 13 de Agosto de 1684

 D. Frei Lourenço de Castro – Da ordem de S. Domingos, mestre em artes, prior do convento da Batalha, pregador do rei D. Pedro II, bispo de Angra e depois de Miranda. Nasceu em Lisboa e morreu em Miranda, onde está sepultado, a 13 de Agosto de 1684.
Era filho de Pedro de Castro, senhor de Perada e Sanguinhedo, chefe da família dos Castros de Melgaço, provedor dos Armazéns, e de sua mulher D. Lourença da Costa, da nobre família dos Homens.
Professou o hábito dominicano no convento de Benfica em 1637, cursou as escolas e ocupou as cadeiras até ao grau de mestre, sempre com notável fama de talento.
Em 1671, foi nomeado bispo de Angra, de onde, em 1681, veio transferido para Miranda.
No trato, diz um seu biógrafo(133), era afável, brando e atractivo, enérgico em repreender os vícios; contínuo na assistência da Sé; do coro passava para o confessionário, do altar para o púlpito.
O que sobrava da sua sustentação das rendas do bispado repartia-o com os pobres. Uma vez, não tendo mais que dar, despiu o fato interior para vestir um pobre que estava despido.
Tendo celebrado pontifical na sua Sé de Miranda a 4 de Agosto de 1684, na festividade do patriarca da sua Ordem, S. Domingos, onde, segundo o costume, pregou, velho e alquebrado como estava, sobreveio-lhe uma febre que o matou sete dias depois.
«Alguns annos depois de sepultado, dizem, se achára inteiro o seu corpo, mas não foi facil averiguar esta noticia, apesar das diligencias feitas, devido á grande veneração, respeito e não menos cautella com que o guardam os seus conegos, porque propondo-se-lhes que se deviam trasladar seus ossos para Bemfica, onde em vida mandára lavrar capella e sepultura, responderam que tal não consentiam, pois lhe seria injuria ficar aquella Sé despojada de tal thesouro» (134).
No citado Livro dos óbitos de Miranda do Douro diz-se que morreu a 13 de Agosto do 1684.
O retrato deste prelado conserva-se em tela no Paço Episcopal de Bragança acompanhado da seguinte legenda: D. F. Laurentis de Cas / tro ex sacro proedicatorum / ordine magister in Sacra the / ologia natus Ulyssipone, Episco / pus Angrensis obiit in hac ci / vitate Mirandensi cum opinione Sanctitatis XIII augusti / anno Domini M.D.C. LXXXIV.

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(133) SANTA CATARINA, Lucas de, Frei – História de S. Domingos, parte IV, livro I, cap. XXVII, de onde tiramos as notícias concernentes a este bispo. ABREU, Fernando de, Fr. – Catálogo dos Bispos de Miranda.
(134) Ibidem. A bula da sua confirmação em Roma por Inocêncio XI, a 1 de Novembro ou Dezembro (não se percebe bem), está no Arquivo do Cabido de Bragança, encadernada com várias outras num livro de capa de carneira roxa. É a 27.ª dessa colecção.
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MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA

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