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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 22 de junho de 2023

Macedo de Cavaleiros pode vir a ter sediada uma unidade de produção multinacional de hidrogénio verde

 O interesse pelo concelho surgiu devido à passagem do futuro gasoduto H2Med, que transportará hidrogénio verde de Portugal para Espanha, França e Alemanha até 2030, cuja conduta vai passar por Macedo de Cavaleiros.

Para poder instalar a unidade de produção, a empresa precisa de um lote com entre 4 a 5 hectares na zona industrial, que já foi solicitado à Câmara, revela o vereador Paulo Rogão:

“Há cerca de meio ano fui abordado por esta empresa, que é uma multinacional, no sentido de manifestar interesse em se sediar em Macedo de Cavaleiros. Gostaram muito da localização da zona industrial e disseram que é aqui que querem estar.

Depois disso têm havido reuniões com alguma regularidade com essa empresa, são processos que demoram o seu tempo.

Pediram à Câmara Municipal que lhes atribua um lote com área de cinco hectares e já pedem a instrução do processo e uma declaração do executivo que diga que é no parque empresarial que nós vamos dispor esse terreno para essa empresa.”

O projeto foi aprovado esta semana em reunião de câmara, como de interesse público municipal, e vai ser agora levado a reunião de Assembleia Municipal.

Um passo que Paulo Rogão explica ser necessário para a instalação de cerca de 200 hectares de parque solar para produção de energia, o que foi, logo à partida, uma das condições apresentadas pela empresa para uma possível fixação em Macedo de Cavaleiros:

“A produção de hidrogénio verde surge com a eletrólise da água.

Eles precisam de construir um parque fotovoltaico e esta declaração vem neste sentido.

O parque solar que eles pretendem tem uma área aproximada de 150 a 200 hectares e vão ter que utilizar terrenos que são qualificados na RAN-Reserva Agrícola Nacional. Com a Câmara a dar esta declaração de interesse público, eles conseguem com que esses terrenos possam ser desclassificados e possam ser incorporados no parque solar.

Sei também que a empresa já definiu a zona onde vai construir parque solar, que será na zona de Talhas, pois foi ali que localizaram essa área de terreno, que eventualmente possa estar disponível para a construção. A energia vem depois até ao parque empresarial.”

Um projeto que está agora a dar os primeiros passos e, a concretizar-se, comporta um investimento de 142 milhões de euros.

Vai permitir a criação de cerca de 60 postos de trabalho diretos, altamente qualificados, e entre 150 a 200 indiretos.

Além disso, produzir hidrogénio verde traz outras vantagens ao concelho:

“Desde logo é potenciador de criação de postos de trabalho mas tem outras valências.

Sabemos que o hidrogénio é a energia do futuro, e havendo aqui esta produção é possível cativar outras empresas a instalar-se no parque empresarial, cuja fonte de energia passe a ser o hidrogénio. Simultaneamente, e isto resulta da lei, o nível de produção de energia também obriga a que parte dela seja cedida para o município, portanto, aí também o próprio município vai beneficiar de uma percentagem, definida em lei. Também é possível pôr desta energia para comunidades que aqui possam existir, empresas que também passem a trabalhar com esta energia e, portanto, só temos a ganhar em aprovarmos o interesse público municipal deste projeto.”

Um projeto que, a concretizar-se, prevê-se que tenha um prazo de execução até finais de 2027.

Escrito por ONDA LIVRE

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