Para poder instalar a unidade de produção, a empresa precisa de um lote com entre 4 a 5 hectares na zona industrial, que já foi solicitado à Câmara, revela o vereador Paulo Rogão:
“Há cerca de meio ano fui abordado por esta empresa, que é uma multinacional, no sentido de manifestar interesse em se sediar em Macedo de Cavaleiros. Gostaram muito da localização da zona industrial e disseram que é aqui que querem estar.
Depois disso têm havido reuniões com alguma regularidade com essa empresa, são processos que demoram o seu tempo.
Pediram à Câmara Municipal que lhes atribua um lote com área de cinco hectares e já pedem a instrução do processo e uma declaração do executivo que diga que é no parque empresarial que nós vamos dispor esse terreno para essa empresa.”
O projeto foi aprovado esta semana em reunião de câmara, como de interesse público municipal, e vai ser agora levado a reunião de Assembleia Municipal.
Um passo que Paulo Rogão explica ser necessário para a instalação de cerca de 200 hectares de parque solar para produção de energia, o que foi, logo à partida, uma das condições apresentadas pela empresa para uma possível fixação em Macedo de Cavaleiros:
“A produção de hidrogénio verde surge com a eletrólise da água.
Eles precisam de construir um parque fotovoltaico e esta declaração vem neste sentido.
O parque solar que eles pretendem tem uma área aproximada de 150 a 200 hectares e vão ter que utilizar terrenos que são qualificados na RAN-Reserva Agrícola Nacional. Com a Câmara a dar esta declaração de interesse público, eles conseguem com que esses terrenos possam ser desclassificados e possam ser incorporados no parque solar.
Sei também que a empresa já definiu a zona onde vai construir parque solar, que será na zona de Talhas, pois foi ali que localizaram essa área de terreno, que eventualmente possa estar disponível para a construção. A energia vem depois até ao parque empresarial.”
Um projeto que está agora a dar os primeiros passos e, a concretizar-se, comporta um investimento de 142 milhões de euros.
Vai permitir a criação de cerca de 60 postos de trabalho diretos, altamente qualificados, e entre 150 a 200 indiretos.
Além disso, produzir hidrogénio verde traz outras vantagens ao concelho:
“Desde logo é potenciador de criação de postos de trabalho mas tem outras valências.
Sabemos que o hidrogénio é a energia do futuro, e havendo aqui esta produção é possível cativar outras empresas a instalar-se no parque empresarial, cuja fonte de energia passe a ser o hidrogénio. Simultaneamente, e isto resulta da lei, o nível de produção de energia também obriga a que parte dela seja cedida para o município, portanto, aí também o próprio município vai beneficiar de uma percentagem, definida em lei. Também é possível pôr desta energia para comunidades que aqui possam existir, empresas que também passem a trabalhar com esta energia e, portanto, só temos a ganhar em aprovarmos o interesse público municipal deste projeto.”
Um projeto que, a concretizar-se, prevê-se que tenha um prazo de execução até finais de 2027.
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