O mau tempo provocou rachas no fruto e os produtores da região já fazem contas aos prejuízos. Paulo Pires tem cerca de 20 hectares de cerejeiras em Lamas e queixa-se da chuva dos últimos dias.
“A chuva tem sido terrível para a produção de cereja. A cereja não tolera muito bem este excesso de chuva que tem ocorrido nas últimas semanas e tem criado perdas muito significativas na produção. Temos cereja pronta a sair para o mercado e que tem perdas na ordem dos 50 ou 60%, com rejeições por estar aberta”, disse.
A Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé também já faz contas aos prejuízos. Tem cerca de 30 hectares de cerejal, a maioria biológico, o que impede a aplicação de produtos para salvar o fruto.
“Já estamos a falar, só nesta altura, num prejuízo de três ou quatro toneladas de cereja que não vamos poder vender. A cereja que tínhamos para ser colhida para este fim-de-semana, a grande maioria já está rachada e já não vamos poder fazer apanha”, adiantou o presidente, Luís Jerónimo.
Declarações dos produtores na Festa da Cereja que aconteceu entre sexta-feira e sábado em Alfândega da Fé. Mas o fruto não só se vendeu o fruto, como também outros produtos regionais.
“Temos da nossa produção fumeiro regional, a alheira, chouriça, salpicão, chouriça de mel, temos também o folar aqui da zona, de Santa Comba da Vilariça, económicos. Há 13 ou 14 anos que fazemos a Festa da Cereja”, disse a expositora Joana Mónico.
Este ano participaram cerca de 50 expositores. Uma adesão que superou as expectativas.
“A adesão foi muito superior àquela que oferecemos. Este ano, fruto da liberdade que temos das medidas da covid, decidimos abrir a outros expositores também da região. Há expositores que já não vinham a Alfândega da Fé há três anos e este ano alargámos o leque, porque esta festa é de Alfândega da Fé, mas também da região”, disse o presidente da câmara, Eduardo Tavares.
A animação ficou a cargo de Nuno Ribeiro, Tony Carreira e Cláudia Martins e Minhotos Marotos.
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