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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 15 de junho de 2023

Plano de co-gestão do Parque de Montesinho em consulta pública mas Hernâni Dias ameaça com demissão

 Entrou na segunda-feira em fase de consulta pública o plano de co-gestão para o Parque Natural de Montesinho, mas o processo ameaça ser pouco pacífico.


Entre 12 de junho e 7 de julho, vai decorrer o período de audiência de interessados, cujos contributos deverão ser efetuados através de formulário próprio, disponibilizado nas páginas eletrónicas dos municípios de Bragança AQUI e de Vinhais AQUI. Os interessados poderão, ainda, consultar a proposta de Plano de Cogestão do PNM, em versão papel, nas sedes dos dois municípios. Os contributos dos interessados deverão ser enviados para o correio eletrónico marcia.moreno@cm-braganca.pt ou por via postal para: Gabinete da Cogestão do PNM, Município de Bragança, Forte S. João de Deus, 5300-263 Bragança.

No entanto, o presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, garante que este processo não vem resolver “nenhum dos problemas anteriormente identificados” e ameaça mesmo demitir-se da comissão de co-gestão do PNM se o ICNF não avançar “para a revisão do Plano de Ordenamento do PNM”.

“Esta comissão que hoje está em exercício não tem a competência de fazer a gestão da parte ambiental. É uma componente mais de promoção e não da gestão pura e dura do parque, enquanto ativos naturais, ligados à fauna e à flora.

No entanto, quero realçar que no dia em que assumi a responsabilidade da comissão de co-gestão fui muito claro numa coisa: exijo que rapidamente o Processo Diretor do Parque Natural de Montesinho entre num processo de revisão para que os constrangimentos identificados pela população possam vir a ser alterados. Isso ainda não aconteceu e já fiz saber dentro da comissão que se não houver esta vontade de rever o plano de ordenamento do Parque, vou demitir-me desta comissão.

Entendo que tudo o que sempre se defendeu e os valores e problemas que sempre foram identificados pela população têm, obrigatoriamente, de ser debelados sob pena de não fazer qualquer sentido a existência desta comissão”, frisou o presidente da Câmara de Bragança.

Hernâni Dias entende que este modelo de co-gestão não resolve os problemas de fundo que afetam o PNM.

“É verdade que já são apontadas algumas soluções para alguns dos problemas. Independentemente do que possa vir a acontecer, já conseguimos aprovar quatro candidaturas, no valor de 600 mil euros, para reabilitar alguns espaços.

No nosso caso vamos reabilitar a antiga escola primária de Montesinho e transformá-la num espaço vivo.

Também há uma candidatura para outras três entidades.

Mas aquilo que eram os problemas que existiam antes desta comissão são os mesmos que existem hoje e que existirão depois deste período de discussão pública do plano de co-gestão do Parque.

Por isso, é imperioso e urgente que se promova uma alteração do Plano de Ordenamento para eliminar constrangimentos e problemas que sempre existiram, sob pena de o Parque continuar a ser desvalorizado e de as pessoas não se reverem nele”, diz.

O plano da comissão de co-gestão “define um conjunto de instrumentos que devem ser levados a cabo no sentido de valorizar naquilo que tem a ver com a promoção, interna e externa, ao nível do processo de visitação, do melhoramento de sinalética por forma a que as pessoas mais facilmente identifiquem o próprio Parque, se valorize uma componente de visitação ligada às novas tecnologias, através de aplicações, para que as pessoas possam visitar o PNM autonomamente”, explicou o autarca.

Mas comparando o PNM com outras áreas protegidas do distrito de Bragança, como o Douro Internacional ou o Vale do Tua, identificam-se grandes diferenças nos constrangimentos de cada uma. “É isso que queremos alterar e isso só se consegue com uma revisão do plano de ordenamento. Já foi solicitado que o ICNF comece a trabalhar esse processo”, concluiu.

António G. Rodrigues

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