Entre 12 de junho e 7 de julho, vai decorrer o período de audiência de interessados, cujos contributos deverão ser efetuados através de formulário próprio, disponibilizado nas páginas eletrónicas dos municípios de Bragança AQUI e de Vinhais AQUI. Os interessados poderão, ainda, consultar a proposta de Plano de Cogestão do PNM, em versão papel, nas sedes dos dois municípios. Os contributos dos interessados deverão ser enviados para o correio eletrónico marcia.moreno@cm-braganca.pt ou por via postal para: Gabinete da Cogestão do PNM, Município de Bragança, Forte S. João de Deus, 5300-263 Bragança.
No entanto, o presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, garante que este processo não vem resolver “nenhum dos problemas anteriormente identificados” e ameaça mesmo demitir-se da comissão de co-gestão do PNM se o ICNF não avançar “para a revisão do Plano de Ordenamento do PNM”.
“Esta comissão que hoje está em exercício não tem a competência de fazer a gestão da parte ambiental. É uma componente mais de promoção e não da gestão pura e dura do parque, enquanto ativos naturais, ligados à fauna e à flora.
No entanto, quero realçar que no dia em que assumi a responsabilidade da comissão de co-gestão fui muito claro numa coisa: exijo que rapidamente o Processo Diretor do Parque Natural de Montesinho entre num processo de revisão para que os constrangimentos identificados pela população possam vir a ser alterados. Isso ainda não aconteceu e já fiz saber dentro da comissão que se não houver esta vontade de rever o plano de ordenamento do Parque, vou demitir-me desta comissão.
Entendo que tudo o que sempre se defendeu e os valores e problemas que sempre foram identificados pela população têm, obrigatoriamente, de ser debelados sob pena de não fazer qualquer sentido a existência desta comissão”, frisou o presidente da Câmara de Bragança.
Hernâni Dias entende que este modelo de co-gestão não resolve os problemas de fundo que afetam o PNM.
“É verdade que já são apontadas algumas soluções para alguns dos problemas. Independentemente do que possa vir a acontecer, já conseguimos aprovar quatro candidaturas, no valor de 600 mil euros, para reabilitar alguns espaços.
No nosso caso vamos reabilitar a antiga escola primária de Montesinho e transformá-la num espaço vivo.
Também há uma candidatura para outras três entidades.
Mas aquilo que eram os problemas que existiam antes desta comissão são os mesmos que existem hoje e que existirão depois deste período de discussão pública do plano de co-gestão do Parque.
Por isso, é imperioso e urgente que se promova uma alteração do Plano de Ordenamento para eliminar constrangimentos e problemas que sempre existiram, sob pena de o Parque continuar a ser desvalorizado e de as pessoas não se reverem nele”, diz.
O plano da comissão de co-gestão “define um conjunto de instrumentos que devem ser levados a cabo no sentido de valorizar naquilo que tem a ver com a promoção, interna e externa, ao nível do processo de visitação, do melhoramento de sinalética por forma a que as pessoas mais facilmente identifiquem o próprio Parque, se valorize uma componente de visitação ligada às novas tecnologias, através de aplicações, para que as pessoas possam visitar o PNM autonomamente”, explicou o autarca.
Mas comparando o PNM com outras áreas protegidas do distrito de Bragança, como o Douro Internacional ou o Vale do Tua, identificam-se grandes diferenças nos constrangimentos de cada uma. “É isso que queremos alterar e isso só se consegue com uma revisão do plano de ordenamento. Já foi solicitado que o ICNF comece a trabalhar esse processo”, concluiu.
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