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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Apicultores do Douro Internacional reclamam ajudas para alimentar abelhas

 Os apicultores do Douro Internacional e do Planalto Mirandês reclamam apoios diretos para fazer face às carências alimentares das abelhas, provocadas pela seca e alterações climáticas que se fazem sentir em todo o território do Nordeste Transmontano.


“O que pretendemos são apoios diretos para a aquisição de produtos alimentares para as abelhas, tendo em vista o aumento de produção do mel. Se as condições climatéricas continuarem como até aqui, a partir de setembro temos que começar a alimentar os apiários porque não há no campo alimentos necessário devido à seca para fazer face à procura ”, disse hoje à Lusa o técnico da Associação de Apicultores do Parque Natural do Douro Internacional (AAPNDI), Vítor Ferreira.

De acordo com o técnico, devido aos problemas causados pela pandemia de covid-19 e a inflação, os preços dos alimentos para as abelhas “dispararam significativamente”.

“Se antes pagávamos um euro por quilo de alimento para as abelhas, a mesma quantidade está agora nos 2,5 euros para aquisição de um produto que tem por base o açúcar e que teve uma subida de preço muito elevada”, explicou Vítor Ferreira.

Este tipo de alimento para as abelhas ajuda na manutenção das colónias e tem por objetivo manter os efetivos apícolas para chegarem à primavera.

“Esperamos que o ministério da Agricultura olhe para este setor apícola como olha para outras atividades agrícolas. Esperamos por uma resposta que nos ajude a resolver este problema da falta de alimento para as abelhas, senão temos de ir bater as outras portas como é o caso das câmaras municipais deste território”, acrescentou o técnico da AAPNDI.

De acordo com os responsáveis por esta organização, houve um período de 2014 a 2108 de vários incentivos por parte do Estado à produção apícola no país e muitos jovens aproveitaram esta situação.

Agora verifica-se um “abandono da atividade, devido ao elevado preço dos fatores de produção que estão aliados à inflação e às alterações climáticas”.

No que respeita à produção de mel, a AAPNDI aponta para quebras avultadas nos efetivos dos apicultores que se refletem na produção de mel.

“Verificámos que há muito pouco mel a título de exemplo, o de rosmaninho, que é proveniente deste território”, apontou Vítor Ferreira.

As quebras na produção de mel rondam os 50%, dado que a produção da última primavera foi muito baixa.

Em condições normais, os associados da AAPNDI produzem cerca de 60 toneladas de mel.

“Em 2022 a produção de mel foi residual, este ano devido às chuvas de maio, podemos atingir perto de 30 toneladas”, vincou o técnico apícola.

A AAPNDI agrega cerca de 300 associados repartidos pelos concelhos de Mogadouro, Miranda do Douro, Freixo de Espada à Cinta, Vimioso. Macedo de Cavaleiros e Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança e Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda.

FYP//LIL
Lusa/fim

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