Nos últimos meses os pedidos de ajuda têm aumentado, de acordo com o psicólogo da Cáritas, Rui Magalhães:
“A situação das pessoas tem piorado, mesmo para quem está a trabalhar, não conseguem pagar as despesas. Basta que haja uma situação que mexa um pouco com as despesas das pessoas, um problema de saúde, uma conta um pouco maior do que o habitual, já destabiliza totalmente a economia da família e se não tiverem outras pessoas a quem recorrer, recorrem à Cáritas”.
A Cáritas também ajuda na compra de medicamentos. Este era um apoio já prestavam, mas que tem sido cada vez mais recorrente:
“Com as reformas, geralmente são muito baixas, pelo menos daqueles que nos procuram, e não têm como pagar medicamentos. Têm uma série de despesas, sobretudo se tiverem que pagar renda, não conseguem comprar a medicação”.
Com a vinda de muitos estudantes internacionais para o politécnico de Bragança, Rui Magalhães, também coordenador do centro de apoio à integração de migrantes da Cáritas, adianta que tem havido muitos pedidos de roupa:
“A maior parte é estudantes internacionais e sobretudo pela questão da roupa. Tem ido muita gente procurar roupa, porque é um bem que é caro e as pessoas têm que gerir o pouco dinheiro que têm para pagar a renda, as propinas e é uma grande ajuda se conseguirmos arranjar um casaco, um cobertor, camisolas”.
Perante a conjuntura que se vive, com o aumento dos preços e salários baixos, Rui Magalhães tem sérias dúvidas que os pedidos de ajuda diminuam:
“Eu penso que para já dada a conjetura em que estamos a viver, até a nível internacional, não me parece que, para já, estas situações que vão diminuir, pelo contrário”.
A Cáritas Diocesana de Bragança-Miranda trabalha em rede com outras instituições para poder ajudar o maior número de pessoas, quer em termos de alimentação, medicamentos, pagamentos de despesas ou doação de roupa.
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