Uma estrutura que há muito faz falta à aldeia, que não tem um local adequado para velar os defuntos, refere o presidente da Junta de Freguesia, João Salsas:
“É uma infraestrutura que estava já há muito tempo sonhada, as pessoas sempre a pediram e, finalmente, conseguimos.
Isto resulta de uma candidatura que fizemos, com a ajuda de um nosso conterrâneo.
É uma boa obra para a aldeia pois hoje em dia já não me parece que haja condições nem disponibilidade para ter os defuntos em casa. Portanto, acho que é mesmo necessária.
Quem não tem mesmo o mínimo de condições, utiliza a capela de Santo António mas é pequena e hoje em dia os senhores padres também já não gostam de ir longe buscar os defuntos. A capela mortuária vai ficar aqui mesmo ao lado da igreja.
Fica apenas a faltar capela mortuária numa aldeia da freguesia, o Brinço, na qual iremos, logo que possível, avançar.”
O contrato foi recentemente assinado, na presença do Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Carlos Miguel.
O financiamento surge ao abrigo do Programa de Equipamentos Urbanos de Utilização Coletiva, que aceita candidaturas até 100 mil euros e o financiamento público é de 50%.
Por norma são aprovadas cerca de 25 candidaturas por ano.
Para o Governante, este é um instrumento que permite realizar obras que fazem falta, normalmente nos meios mais pequenos e acrescenta que agora poderão passar a contar também com financiamento oriundo de fundos comunitários:
“É um equipamento ao qual as pessoas da cidade não dão o seu valor porque já o têm, mas o que é certo é que temos de o ter por todo o território, com o mínimo de dignidade para quem está a partir e conforto para quem se está a despedir.
É um equipamento de uso coletivo, essencial e cada vez mais importante nos dias que correm. Este programa existe para isso mesmo.
As juntas de freguesia, pela primeira vez na história dos fundos comunitários, podem recorrer a eles para equipamentos como este ou todos os outros que sejam das juntas, para a sua beneficiação.
É um instrumento que se junta a este programa, comunitário, com muita mais capacidade financeira, no sentido de servir melhor o território.”
Um instrumento que o presidente da autarquia de Macedo de Cavaleiros, Benjamim Rodrigues, considera importante para haver investimento nas freguesias, no entanto, admite ser difícil a aprovação de candidaturas:
“Ou a candidatura é muito boa ou temos poucas probabilidades de ter sucesso, porque em todo o país são freguesias imensas e eles têm verbas muito limitadas.”
A construção da Capela Mortuária de Ala terá de ir a concurso público mas a intenção é dar-lhe andamento o mais depressa possível.
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