Entre as obras para 2024 está o Parque TIR de Bragança. Ficará junto à Rotunda do Nerba mas ainda é preciso chegar a acordo com os proprietários dos terrenos onde será construído, esclareceu o presidente da câmara, Hernâni Dias. “O investimento é de 1,8 milhões de euros. Está projectado para ser um parque ambientalmente sustentável, com capacidade para albergar dezenas de camiões. Há uma divergência de valores naquilo que é a nossa avaliação relativamente à pretensão dos proprietários dos terrenos. Não conseguimos chegar a acordo com eles e tivemos que trazer à assembleia municipal um pedido de declaração de utilidade pública para se avançar com a construção e depois a divergência de valores há-de ser dirimida em tribunal arbitral para se chegar a uma conclusão”.
O parque urbano da Trajinha é outra das obras que se quer começar em 2024. “O projecto está a ser elaborado mas o município não tem capacidade de autonomamente concretizar aquela infraestrutura, a não ser através do endividamento, o que até é possível, mas é expectável que haja financiamento para o parque, através do PROVERE”.
A ligação entre a Avenida Brigadeiro Figueiredo Sarmento e a Quinta do Rei também está contemplada neste orçamento, em que há ainda uma “componente importante” direcionada para o Aeródromo Municipal. “Neste momento estamos a rever o plano director do aeródromo no sentido de ajustarmos àquilo que pode ser o crescimento futuro”.
Também vai avançar a construção de um elevador, junto ao teatro municipal, que estava previsto no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano. O projecto foi retirado do plano por não haver capacidade financeira, mas será retomado, custando cerca de um milhão de euros.
Pouco convencidos com o que foi apresentado ficaram o PS, a CDU e o Chega, que votaram contra. Luís Pires, do PS, diz que ainda se podia dar o benefício da dúvida mas “já chega”. “Aquilo a que temos assistido é a um planeamento a longo prazo por parte deste executivo que não tira Bragança daquilo que ela é. É uma cidade que faz os mínimos olímpicos. Não é com este direcionamento de investimentos que a cidade vai mudar. Bragança tem potencial competitivo mas que não é plasmado no terreno porque a autarquia não sabe aproveitar os recursos que tem ao dispor”.
Já António Anes, do Chega, assinalou que as medidas elencadas são “idênticas” às dos anos anteriores. “Mantém-se uma política plana quando o concelho tem outras necessidades”, referiu.
Já para Márcio Pinheiro “o orçamento está muito longe das expectativas da CDU”. “Há vários funcionários de empresas contratadas pela câmara, que estão a fazer trabalhos camarários mas não são funcionários da câmara e são, por diversas vezes, despedidos e contratados, vivendo em condições precárias”.
Na sexta-feira foi ainda aprovada a aplicação da taxa mínima de IMI, de 0,3%.
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