A exposição reúne mais de cem obras e objectos desta artista, que foram doadas ao museu brigantino em 2015.
Berta Nery Durão nasceu em Torres Novas mas voltou a Trás-os-Montes com 43 anos, sendo que foi a partir daí que nunca mais contactou com o meio artístico, acabando por nunca mais expor as suas obras.
A neta, Isabel Matos Ferreira, assume que é com grande satisfação que vê parte do trabalho da avó de regresso à luz do dia. “É uma sensação incrível, super gratificante e de uma felicidade imensa. Desde miúda que convivi com estas pinturas, com estes retratos, com o pastel e é fantástico voltar a ver muitos destes desenhos e destas pinturas ao vivo”, contou.
O director do museu, Jorge da Costa, vinca que a exposição é uma homenagem a artista, que acabou por ser esquecida. “É quase como um fazer reconhecimento tardio póstumo a uma extraordinária e esquecida artista transmontana, que nasceu no final do século XIX no período naturalista e cujas 200 obras foram doadas pelo filho ao Museu Abade Baçal. É um dos muitos tesouros que está nas reservas há muito tempo e penso que estava na altura de a mostrar aos transmontanos e ao país”, referiu.
A artista foi influenciada por dois mestres do naturalismo, Bordalo Pinheiro e Carlos Reis, sendo que as suas obras retratavam vários temas, como cenas do quotidiano bucólico, tradições, paisagens, costumes rurais, ambientes domésticos e retratos.
Berta Nery Durão nasceu em 1896, em Torres Novas, e morreu em 1989, no concelho de Torre de Moncorvo, de onde o pai era natural e para onde foi viver aos 43 anos, com o marido. Mais de duzentas obras e objectos da artistas foram doados ao Museu do Abade de Baçal e agora há cem que compõe uma exposição, que abriu portas no sábado.
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