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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 22 de março de 2024

Os arquitectos do Masslab vão transformar a ETAR de Bragança num espaço cultural (sem cheiros)

 Os arquitectos do Masslab vão transformar a ETAR de Bragança num espaço cultural (sem cheiros)
O projecto é do escritório de arquitectura Masslab e mostra a cobertura da ETAR tapada com vegetação para reduzir o cheiro. O telhado será também convertido em espaço de lazer.

A ETAR vai ter uma cobertura que servirá como espaço de lazer MASSLAB

A ideia de renovar a estação de tratamento de águas residuais de Bragança nasceu de um pedido recorrente dos habitantes. Queixavam-se dos odores normais de uma ETAR, um incómodo que se mantinha quando visitavam o castelo da região, que fica a escassos metros desta infra-estrutura, explica ao P3 Duarte Ramalho Fontes, um dos arquitectos responsáveis pelo projecto.
O descontentamento chegou até ao escritório de arquitectura Masslab, sediado no Porto, que ficou também a saber que a autarquia de Bragança tinha lançado um concurso público para resolver os problemas com o cheiro e integrar a infra-estrutura na paisagem envolvente.
O projecto que enviaram à câmara, e que lhes permitiu ganhar o respectivo concurso, mostra uma cobertura ajardinada e semiaberta que cobre a estação de tratamento de águas. A preencher este espaço vazio de betão reciclado estarão as árvores daquela zona que, além da parte estética, vão ajudar a pulverizar o ar.
Resolvido o problema do odor, adianta Duarte Ramalho Fontes, o telhado pode também “ser utilizado como espaço lúdico, cultural ou performativo”, como mostram as imagens 3D.
“O objectivo era tornar o espaço poroso e interactivo, mas não queremos definir sozinhos o programa de cada um dos espaços da cobertura. A ideia é trazer outras pessoas da região para activar este espaço que antes era um vazio na paisagem”, acrescenta.

As árvores na cobertura da ETAR vão resolver o problema com o odor MASSLAB

As fotografias mostram um telhado feito de rectângulos, uns totalmente tapados com vegetação e outros ao descoberto que os habitantes poderão utilizar como entenderem. A ligar cada uma destas zonas, incluindo a ETAR ao rio Fervença, estarão percursos pedonais e miradouros. E mais acima ficará, claro, o Castelo de Bragança.
Segundo o arquitecto, o escritório está neste momento a agendar com a câmara municipal a data de início das obras que representam um investimento de cerca de três milhões de euros. O betão foi escolhido por ser um material simples capaz de se misturar com a paisagem, e o facto de ser reciclado, assume, “é uma forma de reduzir a pegada de dióxido de carbono”.
“No fundo, trata-se de uma intervenção simples e delicada com a paisagem. Interessa preservar o monumento histórico, mas também é importante ter sensibilidade e enquadramento ao construir uma infra-estrutura necessária como uma estação de tratamento de águas”, afirma.
Para Duarte Ramalho Fontes, integrar elementos naturais como árvores, plantas ou hortas urbanas na arquitectura é uma forma de “preservar a relação ancestral” com a natureza e “um dos mantras” do atelier. A renovação da ETAR, diz, evidencia esta simbiose e mostra ainda que, afinal, “é possível pensar em estruturas que têm um grande impacto de forma mais cuidada”.
Só em 2023, o Masslab foi o atelier vencedor de sete concursos de arquitectura, incluindo um internacional, com um projecto que vai transformar um armazém industrial num edifício com escritórios, lojas e hotel na Finlândia.

Ana Isabel Ribeiro

1 comentário:

  1. O projecto é interessante do ponto de vista paisagístico e estético! A questão do cheiro da Etar que é real, será mais difícil de resolver, e estamos todos certamente apreensivos relativamente ao contributo da solução conceptual para atenuar ou eliminar esse impacto. Se se conseguir com este investimento e este projecto paisagístico resolver essa questão e criar um espaço de fruição pública à imagem do que é proposto, será uma mais valia considerável para a cidade! A ver vamos, como se costuma dizer!

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