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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 22 de março de 2024

HÁ NECESSIDADE DE IMIGRANTES

Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")

Apesar da natalidade, em Portugal, ter aumentado nos últimos anos, ainda não é suficiente para comutar o défice demográfico. O País carece, urgentemente de imigrantes para incrementar a economia, vg: restauração, hotelaria e construção civil.
A entrada maciça de imigrantes é necessidade incontestável, ainda que possa causar ao País alguns problemas; precisa, todavia, ser devidamente planeado, para se evitar perturbações sociais, mormente se o imigrante não souber ou não quiser assimilar a nossa cultura ou se recusar a ser integrado.
 Diferenças culturais, morais, políticas até filosóficas e religiosas, dificultam a rápida integração, a meu ver, necessárias, requerendo cedências de ambos – aborígenes e imigrantes.
Existe, ainda, o receio natural da população indígena, erradamente pensar – que pode causar desemprego e concorrência no mundo do trabalho, em algumas profissões.
Mas voltemos à situação demográfica do País: envelhecimento da população e, nascimento de nenés – verifica-se que em 2023 nasceram 85.764 bebés, segundo " Teste do Pezinho", alguns de mãe estrangeira. Número considerado insuficiente, mas melhor que no ano anterior.
Como se sabe, a população em idade fértil, tem emigrado em grande número, na última década, mais de 850 mil saíram do País, e cerca de 30% são de idades que vão dos 15 aos 19 anos.
Segundo o " Atlas de Emigração Portuguesa" desde 2001, abandonaram, por ano, a terra natal, cerca de 75.000 portugueses. Só em 2013 (ano da Troika") ausentaram-se 120 mil, sendo 70% dos emigrantes de 15 a 19 anos.
Não é de admirar que a natalidade seja tão baixa, se considerarmos, que continuam a sair jovens em busca de melhor vida e, esperança de virem a receber confortantes reformas, que lhes permita envelhecer mais desafogadamente.
Hoje não emigram apenas humildes trabalhadores rurais e operários, como outrora, mas igualmente: licenciados, mestrados e até doutorados.
Pelo exposto, ainda que alguns não concordem e não desejem, não se pode recusar mão-de-obra estrangeira, mesmo reconhecendo os inconvenientes que possam advir para o presente e futuro da nação.

Humberto Pinho da Silva
nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG”. e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

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