O relatório de contas foi apresentado, ontem, na Assembleia Municipal. O presidente da câmara, Paulo Xavier, explica que a execução da receita é apenas de dois terços devido ao atraso das obras do Museu da Língua Portuguesa. “Neste momento, temos o Museu da Língua Portuguesa com uma dotação de 16 milhões de euros. Como a obra não tem evoluído como queríamos, obviamente que não há despesa nesse ponto. Tem uma fraca evolução. Por exemplo, a nível de despesa é cerca de um milhão e meio, até está data, o que é pouco”.
O documento foi aprovado, com votos a favor do Chega, mas com a abstenção do PS e da CDU. José Pires, do Chega, diz que aprovação foi dada porque o relatório é relativo ao que já aconteceu. “As contas é um documento técnico onde se aprova, onde se faz o balanço daquilo que foi feito. É um documento sem qualquer dúvida”.
Já o Partido Socialista absteve-se. Segundo Luís Pires, o programa do PS era diferente do proposto pela autarquia. “De há dez anos para cá a autarquia não tem feito absolutamente nada que não seja aquilo que é expectável. Como sabemos que tudo que é a verba que a câmara tem vai ser utilizada no seguimento daquilo que vai ser o plano rectificado com os brigantinos, que é diferente do nosso, não apoiamos. Por outro lado, o que me parece mais grave é que nem esse é feito. Há coisas que foram acordadas com os brigantinos, em urna, com os brigantinos. O saneamento, por exemplo, não está a ser feito”.
A CDU também se absteve, uma vez que não foram vertidos no plano do município as propostas da coligação. “O orçamento não responde àquilo que são as necessidades do município. Nenhuma das nossas propostas está reflectida neste orçamento e portanto não está nesta prestação de contas”.
Na Assembleia Municipal foram ainda aprovadas duas moções. Uma da CDU para que definitivamente seja resolvido o problema das escombreiras das antigas minas do Portelo. E outra, apresentada por Idalina Brito para o recrutamento de juízes sociais no concelho.
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