“Com ilustrações da arquiteta A. Rita Câncio, o livro conta uma história que tem a ver com a preservação da natureza e uma chamada de atenção para os efeitos que provocamos sobre ela. Podemos ir ensinando às crianças a forma de lidar com a natureza e a ter o gosto de a preservar e não estragar. Para não matarem os bichos, não destruírem as plantas. Brincam pouco na terra, até parece que os pais têm medo que se sujem”, contou Ramiro Guerra ao Mensageiro.
O autor sugere no seu texto que se reaprenda a ouvir, a ver e a sentir a natureza.
O livro está envolto num episódio marcante na vida de Ramiro, que o escreveu antes de sofrer um enfarte do miocárdio grave, em setembro de 2023. Fruto desse episódio de falta de saúde ficou doente durante meses, sofrendo, inclusivamente, de amnésia. “Eu esqueci-me que o tinha escrito. Foi a minha companheira, Fátima que me recordou e sugeriu que devia avançar para publicação”, recordou.
Apesar de ser um texto mais direcionado para a infância, Ramiro acredita que pode se trabalhado com vários públicos, nomeadamente os idosos e pessoas adultas com patologias de demência. “É pequenino, mas a mensagem é grande. Pode ser facilmente entendida por toda a gente. Pode ser teatralizado. Dei-o à minha mãe, que tem Alzheimer, em estado avançado, ela não leu o livro, mas não o largou. Ia vendo as figuras e as cores. Os desenhos, com passarinhos, vulcões e outros, atraem o olhar”, destacou o autor que ficou satisfeito com o resultado, uma vez que texto e ilustrações combinam muito bem. “A Rita Câncio, que é minha prima, parece que me leu os pensamentos e apanhou exatamente o que eu queria, com as ilustrações”, observou.
Com chancela da Flamingo Edições, Ramiro quer apresentar o livro em Torre de Moncorvo, de onde é oriunda a família paterna, e onde passa muitas temporadas desde criança, “sempre em contacto com a natureza”, frisou.
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