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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 25 de abril de 2024

UM HINO À LIBERDADE...

Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")

(foto minha, tirada faz hoje exatamente 50 anos)

Fascismo…
Miséria…
Fome e opressão
O rosto escondido…
A saliva cuspida
Os ratos no vão
Fascismo!
A palavra oprimida
A sílaba homicida 
Podridão.
A falta de liberdade
A ausência de expressão 
Na esquina da noite…
Na emboscada da luta
Ficavam os homens…
Os mais corajosos…
Enjaulados na prisão.
Sonhadores subjugados… 
Perseguidos, julgados
Torturados em vão
Por sonhos ousados.
Metidos em celas
Sem culpa ou perdão.
Com a brisa de Abril…
Abriram cancelas
Floriram janelas
Serraram-se grades
E as privações!
A PIDE acabava
Pisada e calcada
Nas pedras da rua…
Jazia a tortura.
O regime morria
Abril, campa fria.
Morria a agonia
Enterravam-se agruras.
Sem sangue ou torturas.
Nas metralhadoras,
floresceu a esperança
Em cravos vermelhos
Em mãos de criança!
Em gritos de amor.
E a mocidade,
matava a saudade
De cravos em riste 
o sonho crescia 
A liberdade nascia
A história mudou
A ditadura morria
No peito cresceu
A vontade venceu.

Maria da Conceição Marques
, natural e residente em Bragança.
Desde cedo comecei a escrever, mas o lugar de esposa e mãe ocupou a minha vida.
Os meus manuscritos ao longo de muitos anos, foram-se perdendo no tempo, entre várias circunstâncias da vida e algumas mudanças de habitação.
Participei nas coletâneas: Poema-me; Poetas de Hoje; Sons de Poetas; A Lagoa e a Poesia; A Lagoa o Mar e Eu; Palavras de Veludo; Apenas Saudade; Um Grito à Pobreza; Contas-me uma História; Retrato de Mim; Eclética I; Eclética II; 5 Sentidos.
Reunir Escritas é Possível: Projeto da Academia de Letras- Infanto-Juvenil de São Bento do Sul, Estado de Santa Catarina.
Livros Editados: O Roseiral dos Sentidos – Suspiros Lunares – Delírios de uma Paixão – Entre Céu e o Mar – Uma Eterna Margarida - Contornos Poéticos - Palavras Cruzadas.

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