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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Angueira: Montaria ao javali abriu a II Feira do Mel e Produtos da Terra

 No fim-de-semana de 19 e 20 de outubro, a II Feira do Mel e Produtos da Terra, em Angueira, iniciou-se com a montaria ao javali, uma atividade que contou com a participação de uma centena de caçadores, que aproveitaram a visita à aldeia para comprar alguns dos produtos da região como o mel, os produtos hortícolas, a castanha, o pão ou o fumeiro.


O certame iniciou-se na manhã de sábado, dia 19 de outubro, com a montaria ao javali, uma atividade que reuniu em Angueira, uma centena de caçadores, muitos deles vindos de outras regiões do país.

O presidente da Associação de Caçadores de Angueira, Álvaro Moreira, caçador há mais de 50 anos e um dos fundadores desta associação em 1992, sublinhou a importância da caça na dinamização económica e social do interior do país.

“A caça é um fator de desenvolvimento do interior do país. E para pequenas localidades como Angueira, atividades como as montarias ao javali conseguem atrair a vinda de centenas de pessoas. Simultaneamente, a realização de feiras dedicadas aos produtos locais como o mel, o fumeiro, os produtos hortícolas (batatas, cebolas, etc.), ajudam a dinamizar a economia local”, disse.


Um dos caçadores vindos de outras regiões, foi Abílio Baia, natural de Baião, no distrito de Porto, que há 20 anos visita regularmente a região de Trás-os-Montes para caçar.

“Gosto muito desta região e em particular da cidade de Miranda do Douro. Atualmente, há pouca caça, pelo que deveriam ser tomadas medidas para proteger e dinamizar esta atividade, que afinal é uma riqueza para a região transmontana”, disse.

Dado que a montaria ao javali estava inserida no programa da II Feira do Mel e Produtos da Terra, os caçadores aproveitaram para visitar o certame e comprar alguns dos produtos locais.

“Felicito a freguesia de Angueira, pela organização deste certame que dá a conhecer alguns dos produtos caraterísticos deste território. Pessoalmente, sou um apreciador do pão, das alheiras e do mel”, disse.

De Macedo de Cavaleiros, Paulo Vilares, que também veio até Angueira para participar na montaria ao javali, afirmou que estes certames são importantes para promover os produtos e tradições locais.

“No concelho de Macedo de Cavaleiros, quase todas as freguesias organizam estas feiras temáticas dedicadas aos produtos locais. Simultaneamente, são eventos onde se dão a conhecer as coletividades e tradições de cada localidade”, indicou.

Em Angueira, entre os 130 caçadores inscritos na montaria ao javali, havia também dois irlandeses, Turlough Nolan e Jack Nolan, pai e filho, que são uns aficionados da caça.

“Na Irlanda não existem javalis, pelo que viemos até Portugal para participar nesta montaria, a convite de um amigo português. Apesar de não falarmos português, estes encontros são também oportunidades de convívio e confraternização entre os participantes”, revelaram.

Sobre a II Feira do Mel e Produtos da Terra, os caçadores irlandeses expressaram grande satisfação pela variedade de produtos locais, destacando a sua preferência pela navalhas artesanais e os produtos hortícolas.

Na montaria ao javali, participaram também algumas senhoras, entre elas Lia João, que veio de Bragança. A jovem disse que é caçadora há dois anos e nesta atividade cinegética aprecia sobretudo o contato com a natureza e o convívio que se estabelece entre os caçadores.

«Em Bragança, temos um grupo de amigos que se chama “Tropa de Elite” e que junta caçadores também de Braga e que vêm todos os fins-de-semana à nossa região, para caçar. Eles gostam muito de Trás-os-Montes”, disse.


Em Trás-os Montes, a caça é considerada um fator de desenvolvimento económico, dado que promove a valorização dos recursos endógenos. Consequentemente, esta atividade fomenta a criação de postos de trabalho no interior do país (alojamento, restauração, turismo, comércio), contribuindo assim para a coesão territorial. No ambiente, a atividade cinegética contribui para a sustentabilidade da biodiversidade e a valorização dos habitats.

O primeiro dia do certame encerrou com o concerto musical do grupo “7 Saias”.
HA

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