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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

LIBERDADE DE EXPRESSÃO

 Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")

Havia no século XX, para os lados de Felgueiras, jornal, que no cabeçalho, mostrava a famosa frase de Voltaire (que parece não ser dele,): " Discordo do que diz, mas defenderei até à morte, seu direito de o dizer."
Desconheço se o diretor do periódico, seguia rigorosamente o pensamento volltaireano, e se teria disposto a morrer; mas é o que menos importa.
Quem se aventura a escrever ou a pensar alto, defendendo ideias ou. Moral que acredita, em geral, é rotulado de retrógrado, nacionalista ou cabotino; por quem se intitula senhor da única verdade.
Bem disse Joseph Retzinger, na missa de abertura do Conclave que o elegeu Papa: " Ter fé, segundo o credo da Igreja, é logo com frequência etiquetado como fundamentalista."
Outrora, em Portugal e Brasil, havia censores oficiais, que ceifavam ideologias divergentes da oficial, e apelidavam os discordantes, de: comunistas; agora chamam de puritano ou fascista, quem defende ideias diferente da oficial ou da moda.
Não conheço melhor definição de ditadura e democracia, da que foi pensado pelo grande Millôr Fernandes:" Democracia, é quando eu mando em você. Ditadura, é quando você manda em mim."
Vem a lengalenga a propósito do perigo de opinar nas redes sociais ou na mass- media.
Topo, a cada passo, verrinas ofensivas a quem se aventura a discordar da maioria. (Será maioria?)
Ora – a meu ver, – cada qual deve ter o direito sagrado de se exprimir livremente, sem receio de ser " espancado" na praça pública.
Discordar, é direito, que não se deve cercear com palavras afrontosas, como: chalupa, ou termos afins, proferidos por democratas, defensores da livre expressão.
Penso que quem assim faz ou diz, não tem intenção de censor; mas, parece, e muitas vezes consegue calar os que pensam diferentes de quem tem poder.
Augusto Cury (O Mestre de sensibilidade) referindo-se à geração do século XXI, escreve, verdade, que cada vez mais se verifica: " Há no ar um clima de denúncia, que os seres futuros serão repetidores de informações, e não pensadores."

O futuro chegou...


Humberto Pinho da Silva
nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG” e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

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