Por: Carlos Pires
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)
Courenses, chocos grelhados sem tinta e, ele já sabe, meia de Planalto. Ao meu lado, cusco eu, conversa a dois sobre jornalistas de agora, com críticas, qual deles o mais indignado, de caixão à cova. Cotovelo com cotovelo, quase estive para meter bedelho, mas desta vez aguentei. Ossos de ofício, preferi ouvir e deixar malhar no governo por causa da publicidade da RTP, que quem agora governa Portugal anunciou preto no branco querer retirar à estação pública. Não sei por quê, lembrei-me dos sapatos climatizados e do saltinho do Acúrcio, tio do meu companheiro de escrita Luís Fraga, e do pai de Fernando Mendes, que no saltinho contracenava com ele.
Eh! pá, retirar assim o pão da boca à estação pública, lembrei-me! A culpa é desta maldita memória, que com estas e com outras até nos deixa à mostra os pobres dos miolos...
Carlos Pires é natural de Macedo de Cavaleiros, tendo adoptado a pequena aldeia de Meles, onde crestou à solta nas férias grandes, como o seu verdadeiro berço. Como jornalista, fez parte das Redações do "Tempo", "Portugal Hoje", " Primeira Página", "Liberal", "Semanário" e da revista de economia "Exame" (de que foi editor). Em Bragança, colaborou no semanário "Mensageiro de Bragança" (1970-72), tendo sido co-fundador do semanário "ÈNÍÉ - uma voz do Nordeste Português" (1975) e da publicação "Domus", da Casa de Cultura da Juventude de Bragança (1977-78).
Foi assessor de imprensa de Maldonado Gonelha, ministro da Saúde (1983-85).
Entrou para o Infarmed em fins de 2000, depois de ter sido assessor de imprensa da ministra Elisa Ferreira, nos dois governos de António Guterres, primeiro no Ministério do Ambiente, depois no Planeamento (1995-2000).
No Infarmed criou o Gabinete de Imprensa, tendo sido porta-voz da instituição durante mais de uma dúzia de anos.
Alguns aspetos marcantes: a iniciativa da realização de um curso para jornalistas (2001), ministrado por peritos do Infarmed, em que os principais órgãos de informação estiveram representados, sobre o ciclo de vida do medicamento; a elaboração do jornal da instituição, "Infarmed Notícias", trimestral (de que é coordenador/editor/redator). A edição especial de Janeiro de 2018, com 120 testemunhos sobre o INFARMED na altura conturbada da ideia controversa da sua deslocalização para o Porto (depois editada em livro); e ainda a publicação de um livro, editado pela Âncora, "Redondilhando", que nasce no seio da instituição e cujo prefácio foi assinado por Ernesto José Rodrigues.
Que o António Variações me perdoe a, ligeira, alteração da letra.
ResponderEliminarQuando a cabeça não tem juízo
Quando te esforças
Mais do que é preciso
O Povo é que paga…