De forma a colmatar esta falha, a instituição está a recrutar amas. Contudo, segundo o presidente da câmara de Mogadouro, António Pimentel, o que é pago pela Segurança Social não é atractivo e, para que haja candidatas, o município vai apoiar financeiramente as amas. “Apesar de termos apoiado a aplicação da creche, não resolve o problema do concelho. Não há vagas em amas e isso resulta do facto da Segurança Social não pagar convenientemente às amas. Por 12 horas, mais comida, mais ter as crianças em casa paga-lhe mil euros, é evidente que terá dificuldade em arranjar amas. Nesse sentido, concluímos que a melhor maneira seria a câmara financiar as amas na proporção de 100 euros por cada criança”, disse.
A câmara de Mogadouro vai apoiar financeiramente as amas até um total de 400 euros, sendo que cada uma delas pode acolher o máximo de quatro bebés. Neste momento, além da creche, onde não há mais vagas, há três amas familiares. A ideia é conseguir angariar mais algumas e António Pimentel está confiante que se vai conseguir.
Sendo que, neste momento, há cerca de 15 crianças sem resposta, João Henriques, provedor da misericórdia de Mogadouro, esclarece que não será necessário ir até ao limite estabelecido com a Segurança Social, que são nove amas. “Primeiro é preciso saber se há necessidade de chegarmos às nove amas, mas seguramente mais três ou quatro amas faziam sentido neste momento. Desde que haja uma criança que não tenha resposta, já estamos todos incomodados”, apontou.
A creche da misericórdia existe há 15 anos e só no ano passado aumentou a capacidade para acolher mais crianças. João Henriques diz que a resposta é recente porque há 20 anos não se precisava dela como hoje em dia.
No ano passado, a creche da Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro foi aumentada. A obra custou 50 mil euros, criando 12 novos lugares, pelo que, agora, a estrutura tem capacidade para acolher cerca de 50 crianças até aos três anos. Além desta resposta, no concelho há três amas familiares, também elas da santa casa, e a câmara considera que se fossem mais não haveria pais a ter de deixar de trabalhar para ficar com os filhos.
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