A película é de terror, foi gravada numa aldeia sem habitantes, na freguesia de Água Revés e Crasto, no concelho de Valpaços.
O jovem produtor, de 23 anos, e realizador, Carlos Espírito Santo destaca que a concretização deste projeto marca uma posição, no interior também é possível concretizar projetos destes:
A ideia inicial, na criação desta curta-metragem, foi mostrar que numa zona do interior, construir um filme, e neste caso, uma curta-metragem, é possivel.
E mostrar que não é por ser numa zona mais isolada, que não conseguimos chegar ao que as grandes cidades. E depois foi também retratar o abandono de muitos sítios do nosso país, principalmente do interior, e dar a conhecer quão bonitos são esses locais.
Por isso, o jovem em vez de partir à procura de novas oportunidades, é um resiliente e seguiu os seus sonhos, como adianta:
Eu sempre tive o sonho de não ir à procura, mas criar oportunidades no local onde me encontro. Neste caso, em Valpaços. Sempre tive esse sonho e sempre decidi, que nunca iria sair de Valpaços. Mas criar em Valpaços oportunidades para fazer aquilo que eu gostava. E depois, assou pela mentalidade, do que não existe no interior. Existem escritores, cantores, músicos. Mas nunca ninguém tinha tido a ideia de fazer uma curta metragem.
Aliando essa ideia, mostrando que no interior também é possível, foi assim que surgiu de gravar uma curta metragem. A primeira de muitas.
A narrativa conta a história de quatro jovens: Rita, Pedro, Joana e Marco, estudantes do ensino secundário, que partem para uma aldeia abandonada no interior, para realizarem um trabalho de geografia. Os alunos de geografia escolhem Vale Perdido, que está sem habitantes há 40 anos. Mas a aldeia está envolvida num grande mistério, que os jovens vão tentar desvendar, relacionado com o facto de a aldeia estar deserta.
O jovem realizador também conta quais foram as principais dificuldades que encontrou:
Uma das grandes dificuldades, foi encontrar quem quisesse abraçar este projeto. Porque era um projeto novo. Podia correr muito mal. E então, foi difícil arranjar quem genuinamente, quisesse fazer parte do projeto. Depois, ultrapassando essa fase, e consegui encontrar pessoas incríveis para trabalharem comigo, fui arranjar profissionais da área do audiovisual, como guionistas, que foi bastante complicado. E também foi difícil ter recetividade positiva no passa a palavra, no início. Passo a expressão, primeiro estranha-se e depois entranha-se. No início foi aquele olhar de lado das pessoas, em que viam esta ideia, um pouco alucinada. Mas depois acabou por ter uma boa recetividade, no dia da estreia, aqui em Valpaços.
O enredo conta com um ator de Macedo de Cavaleiros, Manuel Lopes, de 22 anos que estuda Animação e Produção Artística, no Instituto Politécnico de Bragança. E também com: Ana Inácio, Arsénio Ribeiro, Manuel Lopes, Otávio Cavalcante, Victoria André, Bertília Alves, Patrick Del Rio, Pepe Nuñez, entre outros.
Carlos Espírito Santo é licenciado em Informática, e esta a criar uma produtora de raiz, a Street moveis. Esta é a segunda exibição do trabalho, uma vez que já foi apresentado em setembro em Valpaços.
A curta-metragem tem 30 minutos.
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