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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Produção de azeitona aumenta este ano na região

 No entanto, mais quantidade significa preços mais baixos


Segundo a APPITAD- Associação dos Produtores em Protecção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro, prevê-se um aumento entre 20 a 30% de azeitona e uma descida significativa do preço do azeite. Um problema para os agricultores da região, salienta o presidente da associação, Francisco Pavão. “Nós vamos ter mais azeitona, entre 20% a 30%, mas de azeite, na nossa opinião, andará com um aumento de 15% a 20% de azeite. Prevê-se uma quebra de preço de azeite muito alta. E nesses cenários mais negros estamos abaixo do limiar da rentabilidade, isto é, estaremos a prever vender azeite mais barato do que nos custa, o que é bastante preocupante”.

Higino Ribeiro é um dos produtores da região. Tem quase 30 hectares no concelho de Mogadouro, onde espera colher pouco mais de 30 toneladas de azeitona, um ano idêntico ao anterior. Embora o preço da azeitona também tenha baixado, mais de 20 cêntimos, o olivicultor acredita que pode compensar mais vender o fruto do que o azeite. “O ano passado, se calhar, não compensava, porque o azeite teve um preço muito bom. Se calhar, era o preço justo. Fazer um litro de azeite é muito caro, não era assim um preço tão exorbitante. Agora, este ano vai haver uma quebra de 25 ou 30%. Se calhar será melhor vender a azeitona. Não sabemos, não sabemos, porque também não sabemos como é que vai ser pago o azeite”.

Para quem tem regadio, a produção de azeitona não é um problema. Sá Morais Castro é o maior produtor de azeite da região. Tem 480 hectares de olival, nos concelhos de Macedo de Cavaleiros e Mirandela. Embora os preços do azeite desçam este ano, acredita que vai vender acima da média nacional, adianta o engenheiro agrónomo Delfim Pedro. “A nível de produção de azeite tenho a ideia que estamos com 1 ou 2% acima de rendimento em relação ao ano passado. E ainda não entrei nas parcelas que costumam ter rendimentos mais altos, por isso é expectável que esse valor aumente um bocado. Tendo em conta as cotações, normalmente as que temos acesso são de Espanha, que é o maior produtor mundial de azeite, é expectável, e já se consegue confirmar, uma quebra nos preços pagos ao produtor. O ano passado foi um azeite Supreus a 9€ por quilo, vendido a granel”.

O lagar é a solução para muitos olivicultores, servindo de “intermediário” até ao consumidor final. Filipe Rodrigues tem um lagar no Lombo. Faz e compra o azeite dos agricultores da aldeia. Este ano, prevê que o preço caia mais de dois euros, mas por outro lado pode recuperar clientes que perdeu. “Como o ano passado foi um ano de subida abrupta dos preços, houve muita quebra no consumo. Tinha clientes que compravam azeite e alguns começaram a comprar só metade e outros deixaram de vir. Começaram a recorrer aos óleos. Com o aumento de produção, se o preço desce, vamos ver se o cliente vai recuperar esse hábito do consumo de azeite. Se calhar alguns não recuperarão”.

A safra da azeitona começou no início de Novembro para grande parte dos produtores da região.

Devido à falta de mão-de-obra, os empresários estão a apostar, cada vez mais, na apanha mecanizada.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

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